Diego Arruda, diretor de negócios da Agrofy

O digital transformando a experiência no agro

Diretor da Agrofy descreve a jornada oferecida pelo marketplace que conecta produtores e marcas na nova realidade do agronegócio brasileiro

Um produtor rural interessado na compra de uma caminhonete, antes da pandemia, visitava as concessionárias, em média, mais de cinco vezes, até tomar sua decisão, de acordo com levantamento do Google. Hoje, essa média despencou para uma visita e meia, o que aponta para a força do digital mudando hábitos também no cenário do agro brasileiro. Esse fator, insuflado ainda pela influência das gerações mais jovens nos comportamentos nos meios rurais, atrai startups como a Agrofy. Fundada há sete anos, na Argentina, por experientes executivos da área de grãos que descobriram as indiscutíveis perspectivas do digital nesse segmento, o marketplace de produtos agrícolas já captou cerca de U$ 64 milhões e desembarcou no Brasil há quatro anos. Presente também em outros seis países da América Latina, a empresa conecta o produtor rural a marcas de máquinas, implementos, insumos e itens em geral para a produção agropecuária. Expondo os detalhes de como a plataforma tem contribuído e usufruído desse cenário de mudanças, Diego Arruda, diretor de negócios da Agrofy, foi o convidado, hoje (17) da 704ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

De cara, o executivo contou sobre sua chegada à liderança da Agrofy no País, há três anos. Engenheiro agrônomo mergulhado nas peculiaridades do agronegócio depois de uma década e meia em atividades de marketing e vendas em um passado ainda completamente off-line, Diego ressaltou que, mesmo enveredando pelo digital, esse continua sendo um mercado que mantém seus diferenciais bem característicos. Por isso, com a bagagem teórica e prática bem fundamentada no segmento, sua função é dar realce a essas nuances diferenciadas do setor por toda a empresa para a colheita de resultados via digital. “Nossa função é encontrar as melhores soluções tanto para os produtores rurais quanto para as empresas anunciantes na plataforma. Isso tanto na Argentina e Brasil quanto no Chile, Peru, Bolívia, Uruguai Colômbia e Paraguai.”

De acordo com o executivo, o agro brasileiro estava na mira do marketplace argentino desde a fundação, em função de sua pujança e potencial, mencionando os mais de 40 milhões de hectares de plantio de soja e um mercado de defensivos agrícolas e fertilizantes quase na casa dos R$ 20 bilhões e R$ 10 bilhões, respectivamente. Segundo ele, na Argentina, por estar quatro anos adiante em termos de existência, algumas tecnologias da plataforma já foram mais testadas e permitem ainda um faturamento maior que a do mercado brasileiro para a Agrofy, algo que ainda deve se inverter. “A aceleração da transformação digital ocasionada pelas circunstâncias do período de pandemia chegou também a esse motor da economia brasileira, que é o agronegócio, funcionando como vento a nosso favor e nos levando a crescer 400% em faturamento por aqui logo no primeiro ano e dobrando ainda as vendas no período subsequente. E, hoje, sucedendo os produtores pioneiros desse agro bem-sucedido, aqueles que fizeram a roda girar, já surge a nova geração que, se não está ainda completamente no controle, já influencia de forma significativa nas decisões em prol da modernização.”

Entre as mudanças observadas por Diego junto aos produtores rurais está a utilização do WhatsApp no lugar do telefone e no espírito muito mais seletivo para receber a visita de consultores de vendas, munidos que já se encontram de informações sobre novidades e incrementos no setor. Além disso, o diretor conta com essa presença da nova geração crescendo no segmento, com hábitos que incluem, vividamente, a presença nas redes sociais. “Por isso, o processo adotado na Agrofy é dividido em algumas jornadas distintas. Uma delas é a do produtor que pesquisa muito na internet antes de tomar a decisão de fechar a aquisição. Principalmente em categorias de máquinas, implementos e veículos, cujos valores vão dos milhares aos milhões de reais. Essa é a razão pela qual o modelo figital é muito relevante. Hoje a venda começa pela internet, mas para a jornada ser completa no digital ainda vai levar algum tempo.”

Também por esses motivos, a startup ainda realiza muita ação off-line, como no Agrishow, evento tradicional onde pode demonstrar as vantagens da experiência oferecida pelo marketplace. Ajudando na conquista da média de mais de 600 mil visitas que a plataforma recebe mensalmente, sendo 70% de produtores e os outros 30% de empresas e profissionais ligados ao agro. “Nossa missão é conectar o produtor, que tem sua vida facilitada pela conveniência do digital em suas escolhas, com os sellers, que são marcas às quais damos visibilidade, imagem e perspectivas mercadológicas.” Houve tempo ainda para o executivo responder a questões do público participante, incluindo como é feito o funil de conversão para o fechamento das vendas pelos sellers, as diferenças entre o marketplace do agro e a do varejo, a humanização do marketplace com a intervenção de especialistas orientando os visitantes – a figura do RTV Digital – no âmbito da CX, as diferenças nos níveis de conversão entre as categorias de produtos, canais de atendimento, suporte e muito mais.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 703 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (18), com a presença de Ricardo Santarosa, vice-presidente comercial da The Kraft Heinz Company, que abordará a experiência da marca na geração de valor; e, encerrando a semana o Sextou especial realizará o café da manhã híbrido, que debaterá o tema “CX: Os desafios da construção da jornada e o posicionamento da tecnologia para garantir a estratégica na prática”, reunindo mais de 20 executivos.

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