O canal para quem respira cliente.

Pesquisar
Close this search box.

O propósito que turbina a marca e a experiência de encantamento

Executiva da Linus descreve a cultura da fashiontech que se tornou um sucesso, formando uma comunidade de fãs, sem perder os princípios de sustentabilidade

Propósitos bem claros que encontram ressonância em parcelas consideráveis da população podem funcionar, atualmente, com um motor relevante na constituição e consolidação de uma empresa. Prova disso é o êxito alcançado pela Linus. Criada em 2018, ela elevou suas vendas em mais de 700% em dois anos da pandemia, vendo as receitas crescerem mais de 50% de 2021 para o ano passado, e alcançando Europa e Estados Unidos, além de mais de uma dezena de lojas abertas no Uruguai. Tudo em função de uma sandália criada em PVC microexpandido formado por 70% de fontes renováveis, expressando os pilares que sustentam o propósito da marca – sustentabilidade, atemporalidade e conforto. Para completar, uma forte cultura cliente com olhar de encantamento. Explicando os motivos que levaram à expansão e internacionalização da marca em tão pouco tempo, Olívia Araújo, brand manager da Linus, participou, hoje (23), da 669ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Fazendo questão de evidenciar, logo de início, como a marca Linus se posiciona no mercado, Olívia afirmou que se trata de uma organização voltada para um estilo de vida sustentável. Nesse sentido, a empresa tem como propósito introduzir sustentabilidade e bem-estar na vida das pessoas, por enquanto, expresso no produto que gerou o negócio, uma sandália nascida de uma dor detectada na pele pela fundadora Isabela Chusid, há cinco anos. Diagnosticada com hiperfrouxidão ligamentar, ela necessitava de um calçado com um tipo de ondulação que sustentasse suas pisadas. Pensando em como poderia eliminar esse problema e, ao mesmo tempo, realizar algo dentro do propósito que cultivou ao longo da vida, o da sustentabilidade, surgiu a ideia de um produto dentro dos pilares sonhados pela empreendedora. “O objetivo era criar uma sandália confortável, apta para o dia a dia, com um design atemporal que combinasse com o estilo despojado de Isabela e, acima de tudo, dentro de um conceito de sustentabilidade.”

Nessa esteira, era fundamental que o produto, ético e justo, nascesse de uma empresa também sustentável, tanto em termos socioambientais como financeiramente. Deu tanto certo que, além de conseguir incorporar todos esses conceitos ao negócio, o crescimento foi exponencial durante a pandemia, acima de 700%, permitindo diversificar o calçado em 15 cores, inaugurar o site internacional comercializando o produto na Europa e Estados Unidos, ampliar para mais de 70 os pontos físicos de vendas no País e estender a presença também em mais de 10 lojas no Uruguai. Além disso, foi reconhecida com os selos de Carbon Free e Eu Reciclo. Atuando na empresa desde o primeiro mês, a brand manager conta que, o fato de serem no começo apenas ela e Chusid deu muita flexibilidade para tomada de decisões rápidas na aceleração do empreendimento. “Somos uma startup que já surgiu com o foco total no cliente, livre de burocracia, podemos adaptar os processos em alta velocidade e o consumidor sente isso no ato.”

Na concepção da executiva, a expansão foi orgânica, gerando uma comunidade em torno de propósitos tão evidenciados. Foram estes os que alavancaram a atração dos primeiros compradores e tudo que acabou ocorrendo na sequência, impulsionado também por pesquisas que denotavam a existência de um público-alvo muito claro. “Uma das estratégias adotadas foi a de distribuir o produto para amigos e familiares avaliarem. Tanto que, nossas pesquisas NPS atuais apontam que 30% dos consumidores da base conheceram a Linus por meio desse mesmo tipo de cliente, que alimenta o boca a boca até hoje. Isso foi, ainda, a forma de recebermos muitos feedbacks e insights desde o começo, ajudando a dinamizar os ajustes necessários. Algo que em uma empresa grande demanda um esforço muito grande, tanto para obter os dados reais quanto para transformá-los em ação.”

Da mesma forma, foi esse o sistema que pavimentou o caminho para criar uma cultura cliente, de maneira que a empresa, hoje, já com respeitável tamanho e maior complexidade, reunindo mais de duas dezenas de colaboradores, possui um mindset em que todos os setores estão envolvidos com a base de clientes e não apenas a área de CX. Depois de dar exemplos de como essa interconexão entre áreas tem ajudado a criar novas cores ao gosto das clientes, Olívia contou de que forma isso é apoiado por pesquisas dirigidas dentro do Instagram – mídia que conta com a interação de 70% dos clientes da marca -, alimentando o processo de inovação.

Na sequência ela explicou porque deu certo estabelecer um giro de capital próprio a partir dos tímidos R$ 50 mil reais investidos inicialmente, dispensando o aporte de recursos externos. Diante disso, Olívia ressaltou que o grande desafio para uma pequena organização que cresce rapidamente, à base de propósitos saudáveis, é continuar priorizando as decisões para um rumo certeiro, o que é solucionado por meio de manter os princípios sempre a partir de uma aproximação muito forte com os clientes, aqueles que orientam a entrega de valor. “Crescer lentamente, mas com consistência”, asseverou. A brand manager pôde, ao longo da live, detalhar ainda de que forma a experiência do cliente bem humanizada pode ser mantida em qualquer magnitude alcançada pela organização, como está desenhada a plataforma tecnológica para o e-commerce, a relevância dos pontos físicos, os desafios para este os próximos anos, entre muitos outros temas.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 668 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerrará a semana amanhã (24), com o Sextou trazendo o tema “Proteção de dados: Os desafios em cibersegurança e a LGPD”, em debate reunindo Bruno Verona, advogado e fundador da Bruno Verona Sociedade de Advogados; Edmo Lopes Filho, CEO da Noussec; Emilio Dias, fundador da Blazon; e Francis Campelo, gerente de gestão de segurança da informação e privacidade de dados da Virtual Connection.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima