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Como sobreviver ao primeiro semestre?

Estabilidade é uma palavra cada vez mais escassa na atual conjuntura econômica do País. Está complicado permanecer ativo no mercado, visto que o momento é de recessão para todos – tanto governo, quanto população. Alguns sonhos, como o da casa própria, acabam sendo adiados por muito brasileiros, mesmo com as facilidades de crédito nos últimos anos que aqueceram o mercado imobiliário no Brasil. Porém, o lucro está em queda nesse setor e não existem tantas saídas para sobreviver à crise. Pelo menos nenhuma tão certa quanto à redução da bolha imobiliária, ou o crédito, na visão de Celso Grisi, presidente do Instituto Fractal. “Não é possível as pessoas falarem em R$ 15 mil, R$12 mil reais o metrô quadrado. É muito caro e está fora da realidade atual do mercado brasileiro. Ele não tem poder aquisitivo para isto. Nós sempre falamos que o mercado de residências é um mercado que sobrevive do crédito imobiliário, então não se vende imóveis, mas o crédito”, comenta Celso Grisi, presidente do Instituto Fractal.
Até por esse cenário, ele comenta que há uma oferta grande demais. “Esse fato é sensível. Vemos propagandas de jornal e estatísticas do Secovi que mostram imóveis em estoque. E o número deles aumentou. Então esse é um sinal muito claro de que a demanda irá sofrer reduções.” Um dos motivos para a queda na procura por imóveis é o risco de crescimento no índice de desemprego do país. O resultado disso é que este mercado, que possui um baixo nível de inadimplência, comece a sofrer os efeitos da mesma. “Ainda que seja um financiamento de longo prazo e que tenha garantia real, o fato é que preço dado em garantia do imóvel obedecia às variações do mercado. E hoje você não vende pelo preço que foi pago. Por isso as empresas estarão mais seletivas, distribuindo menos crédito e este será mais conservador”, explica Grisi.
Também não é esperado que o governo tome medidas econômicas para ajudar o mercado, pois, além dele não ser uma prioridade, é mais um dos tantos setores enfrentando a recessão. Desta forma, a distribuição de subsídios ou estímulos, caso aconteça, se dará de forma horizontal, e não vertical. Apesar disto, o diretor vislumbra um luz no segundo semestre de 2015: “espera-se que o preço dos imóveis caia. Se isto ocorrer – uma queda agressiva -, é possível que apareçam compradores e são eles que farão alguma pressão sobre o mercado imobiliário. Seja como for, o primeiro semestre não é alentador. Caso haja alguma melhora, somente no segundo período do ano, mas somente se as construtoras baixarem os preços dos imóveis novos.”

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