Com oferta de juros melhores e atendimento diferenciado, as cooperativas paulistas de crédito vêm despontando no mercado financeiro como alternativa aos tradicionais bancos em diversos segmentos, já administram R$ 10 bilhões de ativos financeiros e desfrutam de R$ 3,5 bilhões de Patrimônio Líquido. Em 2011, o Estado de São Paulo contabilizou 290 cooperativas, que captaram R$ 5 bilhões em depósitos e realizaram diversas operações de crédito.
O presidente da Ocesp, Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo, Edivaldo Del Grande, explica que o setor detém 2% de participação no Sistema Financeiro Nacional, mas que vive o melhor momento desde 1961, quando foi criada a primeira cooperativa de crédito no Estado – a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados da Rhodia Química, em Santo André. “O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já ressaltou em entrevista recente que as tarifas e juros de empréstimos devem seguir taxas menores em municípios com forte presença dessas cooperativas. Esse diferencial é um dos fatores que contribuem para que as cooperativas de crédito projetem participação de 10% no Sistema Financeiro Nacional até 2020”, analisa o dirigente.
Para Del Grande, um dos motivos do bom resultado das cooperativas é o atendimento aos cooperados, realizado diretamente pelos gerentes. “Diferente dos bancos comerciais, que fazem uma análise geral da renda do cliente e oferecem crédito até o limite da capacidade de pagamento, o gerente da cooperativa tem o papel de consultor financeiro do cooperado, auxiliando-o a estabelecer suas prioridades para conseguir resolver seus problemas.”
