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Crédito deve atingir 80,5% do PIB em 10 anos

Mesmo que o país não volte a crescer a passos largos nos próximos anos, o crédito vai continuar em expansão, revela estudo encomendado pelo Instituto Geoc. Segundo o documento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), se a economia crescer em média 1,5% ao ano e a inflação se estabilizar, em 2024 o crédito no Brasil deve atingir 80,5% do PIB. E este percentual pode subir para 95,1% caso o PIB suba ainda mais e fique na casa dos 4,5% ao ano. Atualmente o crédito corresponde a 56,8% do PIB, distribuído entre Consignado (32%), Cartão de crédito (19%), Veículos (24%), Não consignado (14%) e Outros (11%). 
O vice-presidente do IGeoc, Jair Lantaller, explica que são três os principais fatores que devem ajudar nesta expansão: o crédito consignado privado; a regulamentação da MP 651, que melhora o marco legal da alienação fiduciária; e a simplificação na aquisição de imóveis (regulamentação da MP 656). 
 “O crédito consignado cresceu muito nos últimos anos, de R$ 70 bilhões para R$ 280 bilhões, mas é basicamente o crédito consignado público ou INSS”, explica Lantaller. A nova regulamentação permite que as instituições financeiras debitem direto do correntista o valor da parcela. Atualmente quem faz o desconto do funcionário em folha é a empresa, que muitas vezes não quer o ônus de administrar este processo. “O novo método trará mais garantias para o banco, com redução de custos e juros menores para o trabalhador”, analisa o vice-presidente do IGeoc.
Já a MP 651 simplifica o processo de retomada de veículos de clientes inadimplentes por parte das financeiras e estabelece que tributos, multas e taxas em atraso do bem alienado são de responsabilidade do devedor. “Estas medidas vão dar mais garantias para os credores, reduzir custos e como consequência a concessão de crédito vai aumentar”. 
Também haverá mudanças no marco regulatório da aquisição de imóveis, com a desburocratização do processo. Todas as certidões negativas de um determinado bem serão registradas em um único cartório, ou seja, o banco vai gravar a garantia em uma Central de Registro, o que vai facilitar a liberação de financiamentos. “Outra novidade é que imóveis quitados poderão ser utilizados para garantia de outras operações de crédito. Os bancos poderão utilizar até 3% da sua captação em poupança para estas operações, o que pode gerar cerca de R$ 16 bilhões em novas operações”, completa Lantaller. 

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