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Desequilíbrio financeiro com cartão

O cartão de crédito pode ser um aliado dos consumidores que não podem pagar por um bem à vista, mas dependendo do uso, também pode provocar desequilíbrios financeiros. Dados do Indicador de Uso do Crédito apurados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revelam que em cada dez usuários de cartões de crédito, três (28%) não pagaram a fatura integral no último mês de dezembro, sendo que 15% entraram no crédito rotativo. Os entrevistados que pagaram a fatura cheia somam 68% da amostra e 3% não quiseram responder.
O levantamento aponta ainda que, no último mês de dezembro, 46% dos brasileiros recorreram a alguma modalidade de crédito, sendo que o cartão de crédito foi o mais comum, com 37% de menções. Em seguida, aparecem o crediário ou carnê, com 17% de utilização, cheque especial (9%), empréstimos (9%) e financiamentos (8%). Os que não se utilizaram de nenhuma modalidade somam 54% dos consumidores.
Segundo o levantamento do SPC Brasil, considerando os brasileiros que utilizaram cartão de crédito em dezembro, 44% notaram aumento do valor da fatura, enquanto 20% reduziram os gastos no cartão e 29% veem estabilidade. Na média, a fatura dos usuários chegou a R$ 966,32.
A pesquisa ainda mostra que o uso do cartão já não se limita a compra de itens de alto valor, que geralmente precisam ser parcelados. As despesas correntes de todo mês também são feitas a crédito. As compras de supermercado foram o tipo de aquisição mais realizada no cartão, citadas por 56%. Em seguida, estão as peças de vestuário e assessórios (45%), remédios (39%) e combustível (34%).

CRÉDITO DIFÍCIL
A avaliação do grau de dificuldade para conseguir aprovação em empréstimos e financiamentos mostrou que 54% dos consumidores dizem considerar difícil ou muito difícil a contratação do serviço, enquanto para 20% não é nem fácil nem difícil, e para 10%, fácil. Considerando apenas aqueles que tentaram fazer alguma compra parcelada, 21% tiveram o crédito negado, sendo o motivo principal a insuficiência ou falta de comprovação da renda, citada por 9%. Além de inadimplência, que fez com que 5% desses entrevistados não conseguissem contratar financiamentos ou parcelar suas compras.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o cenário de retomada lenta da recessão acaba intensificando os cuidados das instituições financeiras no momento de conceder crédito, o que dificulta seu acesso pelo consumidor. “Com a retomada gradual da economia, a situação deve se reverter. Já se observa aumento das concessões de crédito na comparação com o período mais aguda da crise, o que poderá ser reforçado pela queda das taxas de juros”, avalia Pellizzaro.

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