Movimento positivo

Apesar dos números ainda serem tímidos, o consumidor brasileiro parece estar mais confiante. Um sinal disso é que, de janeiro a julho, os bancos de montadoras e as instituições independentes liberaram 54,1 bilhões para as operações de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e leasing, o que representa uma alta de 19% em 12 meses. De acordo com o último boletim divulgado pela ANEF, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, no ano passado, nesse mesmo período, o montante foi de R$ 45,4 bilhões.
Ainda com base neste levantamento, o volume de financiamentos no sétimo mês do ano somou R$ 8 bilhões, o terceiro melhor resultado de 2017 – abaixo apenas de março e maio, quando foram concedidos empréstimos de R$ 8,3 bilhões e R$ 8,2 bilhões, respectivamente. Com isso, o total de recursos liberados atingiu a marca de R$ 53,1 bilhões, o que representa uma alta de 20,1% na comparação com o mesmo volume do ano passado.
Outra boa notícia do setor é a queda na taxa de inadimplência nas operações de CDC. Entre as pessoas físicas, o índice é de 4,2%, menos 0,2 ponto percentual na comparação com junho e 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2016. Para as pessoas jurídicas, a taxa é de 3,7%, queda de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 1,5 ponto percentual em doze meses.
“Os indicadores econômicos estão mais estáveis , o que gera maior previsibilidade e confiança nos consumidores. Por isso, pouco a pouco as pessoas estão retornando à rede de concessionários, realizando a compra de veículos por meio de financiamentos. Hoje, os consumidores estão mais conscientes e tendem a contrair dívidas somente  com razoável segurança de que conseguirão honrá-las,”, avalia o presidente da ANEF, Luiz Montenegro.
SALDO DAS CARTEIRAS
O saldo das carteiras em julho atingiu R$ 161,9 bilhões, volume 0,2% superior ao registrado no mês anterior, mas 3,5% inferior na comparação com o mesmo período de 2016. Desse total, os financiamentos respondem por R$ 158 bilhões (volume 0,2% superior a junho e 3,0% inferior em doze meses) e o leasing pelos R$ 3,9 bilhões restantes (mesmo volume atingido em junho, mas recuo de 20,4% em doze meses).
O saldo de crédito para aquisição de veículos para pessoas físicas e jurídicas corresponde a 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto). No mesmo período do ano passado, esse indicador era de 2,7%, o que corresponde a uma queda de 0,2 ponto percentual. O volume representa 5,2% do total do crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) e 10,6% do total das operações de crédito – Recursos Livres.

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