Com um grau de maturidade compatível com os países de primeiro mundo, a indústria brasileira de contact center se prepara para disputar com os principais players mundiais de offshore, como Índia, China e Filipinas, as cerca de 300 mil posições de atendimento que os Estados Unidos devem exportar até 2008. Isso de acordo com dados fornecidos pelo goveno norte-americano no “The 2005 Contact Center & Strategic Sourcing Summit of the Américas”, realizado em janeiro de 2005, em Miami.
Na rota desta oportunidade, o Instituto de Telemarketing e Serviço ao Cliente associou-se ao Summit Circuit, empresa canadense que promove encontros entre executivos do mercado de Call Center, ao redor do mundo, com foco na formatação estratégica do negócio, e à ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), para promover o Contact Center Offshore in Brazil, que reunirá, entre os dias 25 e 27 de Abril, no Hotel Jaraguá, em São Paulo, os principais empresários, gurus e decisores brasileiros do setor, além de compradores estrangeiros de serviços – os brokers – que vêm ao País conhecer a infra-estrutura e metodologia empresarial.
“Os índices brasileiros de treinamento e tecnologia não devem nada aos nossos principais concorrentes internacionais”, afirma Solange Shehtman, CEO do Instituto de Telemarketing. “Não é por acaso que, de acordo com a ABT, registramos um faturamento anual de R$ 3,3 bilhões e a geração de 600 mil empregos diretos. Uma prova disso são os resultados da recém-divulgada pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Administração da PUC/SP, que prevê um crescimento no setor de contact center muito acima das expectativas mais otimistas”. As estatísticas preliminares contabilizam um aumento de mais de 60% nas vendas de 58% das centrais de atendimento (próprias e terceirizadas) nos dois últimos anos. Com isso, está nos planos de 69% das empresas contratar mais funcionários em 2006.
“Esses resultados reforçam a credibilidade do Brasil na oferta de serviços no exterior. Diversos fatores que contribuem para essa expansão, com destaque para os preços competitivos, decorrentes do uso de mão-de-obra nacional qualificada, o fuso horário e localização geográfica brasileira próximos aos Estados Unidos, principal cliente das empresas brasileiras de offshore de Contact Center”, complementa Shehtman, que ainda lembra os constantes investimentos em treinamento e tecnologia, para capacitação de atendentes e gestores, bem como aumento da produtividade, demonstrada por SLAs cada vez mais complexos e níveis de exigência cada vez maiores.
Ela ressalta que o principal diferencial do Contact Center Offshore in Brazil é o fato de ser a primeira vez que executivos estrangeiros virão em massa ao País para participar de rodadas de negócios com empresas brasileiras de Contact Center. “É o momento de mostrarmos nosso potencial competitivo in loco.” Hoje, no Brasil, algumas empresas como, por exemplo, a ACS, do grupo Algar, já exportam serviços com sucesso. O objetivo do Contact Center Offshore in Brazil é potencializar a exportação de serviços expandindo negócios para empresas brasileiras de todos os portes.
O Contact Center Offshore in Brazil também é visto com bons olhos por empresas públicas e privadas direta e indiretamente ligadas ao setor, informação comprovada pelo apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, da Prefeitura do Estado de São Paulo e entidades como AMCHAM (Câmara Americana de Comércio), FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), CNS (Confederação Nacional de Serviços), SEPROSP (Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo) e FESESP (Federação de Serviços do Estado de São Paulo). A mídia oficial do evento é a revista ClienteSA.