Uma revolução em vídeo

Todo mundo está falando sobre os novos smartphones da Apple, os iPhone 6 e iPhone 6 Plus. Processadores de movimento, CPUs mais rápidas, telas maiores. Até agora, porém, ouvi falar muito pouco sobre a câmera dos novos dispositivos. E, no entanto, aparentemente, ela significa uma revolução maior do que outros recursos mais badalados. Isso porque tem a tecnologia das melhores câmeras DSLR.  É capacidade para fazer qualquer um deixar de fazer “selfies”. Há quem acredite que os novos aparelhos podem até dar origem a um novo estilo de fazer cinema.
Não que seja uma novidade. Os iPhones têm sido usados para fazer curtas e outros tipos de filmes – há até vários festivais para produções feitas com o aparelho – mas o iPhone 6 é outra história, dizem os profissionais. Um deles é Ricky Fosheim, diretor de And Uneasy Lies the Mind, longa-metragem rodado inteiramente em um iPhone 5 por US$ 15.000 e que participou do South By Southwest Film Festival. Ele usou as imperfeições do iPhone 5 como recurso para criar o tipo de imagem que queria. O diretor afirma que as imagens do iPhone 6 serão muito limpas para conseguir o mesmo efeito, mas vê as características como um novo conjunto de ferramentas para quem quer experimentar.
Então, como se faz para produzir um filme com 15 mil e seu novo iPhone 6? Na verdade não é tão difícil como se poderia pensar. Lentes como a Olloclip 4-em-1 pode ser adicionadas por menos de US$ 100. (Lentes de 35 milímetros melhores podem custar um pouco mais.) Áudio de alta qualidade pode ser capturado com um microfone acoplado. Aplicativos como o FiLMiC Pro, que dá ao iPhone melhor zoom e controle sobre as taxas de frame e suporte de gravação estéreo, custam US$ 5. Ao todo, ele pode não ter o poder de um Red Epic Dragon, mas o resultado é similar ao que você conseguiria com o equipamento que Kevin Smith usou para fazer o filme Clerks, de US$ 27.575. Essas são apenas orientações baseadas na experiência da Fosheim com o iPhone 5; o iPhone 6 abre ainda mais opções.
Recolhi a maior parte dessas informações nos sites TechCrunch, Mashable e Wired. Aparentemente, porém, isso é só o começo. Muitos outros smartphones, com mais capacidade ainda, vêm por aí. O que esse novo ferramental vai significar para o marketing das empresas ainda não está sequer desenhado. Vamos aguardar.
Até a próxima.
Fernando Guimarães é especialista em marketing de relacionamento e de conteúdo e diretor de redação do site zonadedesconforto.com.br.

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