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O ERP chegou ao fim da linha?

Existem alguns “espertinhos de plantão” dizendo que o ERP vai acabar. O alerta é de ninguém menos que o novo presidente da SAP Brasil, Airton Zanini, no editorial publicado pela revista da empresa, SAPerspectiva Edição Brasil (nº 11, 1999). Concluindo sua frase, ele diz que “vão recomendar que você jogue no lixo todos os esforços feitos, pois agora a onda é de relacionamento com o cliente e que se lixe a eficiência interna da empresa”, reclama Zanini.

De acordo com ele, o que estes “espertinhos” não dizem é que, desta vez, a onda de novas tecnologias não acrescenta funcionalidades significativas nos Sistemas de Gestão, mas sim front-ends. “Os front-ends embalam para presente, reformatando e reagrupando as informações do ERP, para atender às novas necessidades do mercado”.

O diretor presidente da SAP não critica a proposta de dotar os sistemas ERP com front-ends, mas discorda da sugestão que empresários e especialistas do setor de Gestão Empresarial estão manifestando de que CRM, BI, etc, são diferentes de ERP. “CRM, BI, e-business, etc, são apenas ‘roupas novas’ para o ERP”, afirma.

Zanini explica que O CRM, por exemplo, é constituído por várias interfaces (front-ends) para os usuários.

Estas interfaces são o Callcenter, que serve para o consumidor final responder a dúvidas sobre conta-corrente, faturas, informações cadastrais, serviços diversos televendas, etc. “Para funcionar, o Callcenter requer um CTI que fique roteando chamadas e dirigindo o consumidor pelo emaranhado de serviços da central. Graças ao CTI o operador já terá todos os dados do consumidor na tela quando ele finalmente for atendido”, conta Zanini. Outras interfaces são o Mobiles Sales & Services e o Marketing Services. O primeiro “que permite ao vendedor e ao prestador de serviço atender seu cliente in loco”. O segundo, “é o velho e conhecido telemarketing mais robusto pelas facilidades adicionadas pela integração com o ERP”, continua.

Portanto, o diretor presidente da SAP afirma que não é possível possuir um CRM sem o ERP. “Como você poderá colocar um pedido remotamente se não tiver por trás um sistema integrado que mantenha informações acuradas sobre estoques, situação de crédito do cliente, preços, condições de financiamento, etc. E tudo isso é fornecido e mantido pelo sistema ERP”.

Ele ainda adverte quanto a forma de utilização da Web. De acordo com Zanini, a internet permite realizar negócios nunca conseguidos antes pelas empresas, porém, trabalhar com internet não isenta as companhias de possuir as mesmas informações e controles das que trabalham de forma ortodoxa, pelo contrário. “Como a internet agrega velocidade aos negócios das empresas, é também mais rápido e fácil fazer besteiras, tomar decisões erradas e falir (na rede)”.

Zanini ainda dá algumas dicas sobre o que os empresários devem exigir dos fornecedores de ERP. “As companhias devem exigir que suas transações possam ser executadas via um Internet Browser, que o fornecedor ofereça front-ends integrados de forma nativa à funcionalidade core do sistema e que o ERP vendor se modernize, se adapte aos novos tempos”, conclui.

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