Magno Lima

Magno Lima é o novo CEO da SPC Grafeno

Após autorização do Bacen, executivo assume o posto e irá liderar a nova registradora de ativos financeiros do mercado de capitais 100% em nuvem

A SPC Grafeno, registradora de ativos financeiros criada por meio de uma joint venture entre a Grafeno e o SPC Brasil, anunciou Magno Lima como seu CEO. A nova empresa vai atuar no mercado de capitais para trazer maior segurança nos processos de validação, monitoramento e registro dos ativos, sendo a primeira registradora que opera 100% em cloud, utilizando a tecnologia da Amazon Web Services (AWS). “Essa abordagem inovadora, baseada em nuvem, oferece benefícios significativos, como maior escalabilidade, flexibilidade e eficiência operacional, além de garantir a segurança e disponibilidade dos dados”, assegurou o novo CEO.

De acordo com Magno, “os principais desafios que me motivam e carrego comigo desde a constituição da SPC Grafeno, há quatro anos, é o fato de ser uma empresa que utiliza a regulação como insumo para resolver as dores do mercado de maneira segura, simples e eficiente, gerando valor para todos os envolvidos e potencializando o mercado de crédito no Brasil. Minha missão à frente da empresa será colocar tudo isso em prática com muita criatividade, inovação e desenvolvimento de pessoas”.

O executivo é formado em Ciências da Computação pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), possui certificado de especialista em Ciências de Dados, Inteligência Artificial e Machine Learning para Líderes pela University of Chicago e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

A SPC Grafeno, que anunciou também Roque Pellizzaro Jr como presidente do Conselho de Administração da empresa, será responsável pelo processo de registro dos ativos financeiros para os quais está autorizado de “ponta a ponta”, ou seja, desde a originação do ativo até o seu processo de liquidação. No caso da duplicata, será possível, inclusive, verificar a validade do lastro, realizar o monitoramento e atualizar seus dados como valor, data de vencimento e situação para liquidada. Esse processo abrangente tem como objetivo garantir segurança ao processo e emitir uma certidão do ativo financeiro pertencente ao titular que realizou o registro.

Um milhão de duplicatas

O controle societário do SPC Grafeno ficará em 50% para o SPC Brasil e 50% para a Grafeno. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), somente no ano passado o mercado registrou 1,2 trilhão de reais em crédito concedido lastreado por duplicatas. As estimativas iniciais do SPC Grafeno são de, no primeiro ano de funcionamento, registrar cerca de 1 milhão de duplicatas em operação e movimentar aproximadamente 4 bilhões de reais em valor transacionado.

Segundo Magno, “a parceria une a vasta experiência no acompanhamento e análise de dados de crédito do SPC Brasil, que possui o maior banco de dados de informações creditícias de pessoas físicas e jurídicas da América Latina, com a plataforma de infraestrutura bancária da Grafeno para investidores e empresas, que possibilita uma jornada do crédito mais segura e competitiva. Esta tecnologia atende hoje mais de 8 mil companhias e 500 credores, incluindo gestoras de investimentos, fintechs, FIDCs, securitizadoras, agentes autônomos de investimento e financeiras que, juntos, transacionam mais de 18 bilhões de reais por mês”.

Estimativas do setor apontam que o mercado de recebíveis movimenta, em todos os segmentos, cerca de 13 trilhões de reais anualmente, tendo em vista que a opção de compra no formato à prazo faz parte da cultura do consumidor brasileiro. Dentro do segmento, uma classe de ativos atendido pelo SPC Grafeno que exibe grande potencial de crescimento são os Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que podem movimentar em torno de 2 trilhões de reais por ano.

O segmento de registradoras eletrônicas é uma infraestrutura nova dentro do mercado financeiro, tendo sido instituída pelo Bacen em 2018. A nova Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que entrou em vigor em outubro deste ano, determina que os fundos devem se adaptar à regra até o final de 2024, com exceção dos FIDCs, que precisam estar aptos até abril do próximo ano.

A nova regulamentação também exigirá o registro dos recebíveis adquiridos pelos FIDCs em uma registradora autorizada pelo Banco Central, possibilitando uma maior transparência, controle e segurança na negociação desses direitos. Isso viabiliza a disponibilização de informações mais detalhadas sobre os direitos creditórios em si. Assim, facilita a avaliação de riscos, a rastreabilidade e a comprovação de propriedade pelos gestores, além de contribuir para a confiança e segurança dos investidores. Além disso, a SPC Grafeno também é signatária da Resolução nº 339 do Bacen, conhecida como convenção de escrituração de duplicatas, prevista para ser entregue ao Banco Central até o próximo dia 31 de dezembro.

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