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70 dias em dívidas

Os consumidores brasileiros levam 70 dias, em média, para quitar as dívidas vencidas e não pagas, após serem incluídos na base de inadimplentes da Boa Vista SCPC, Serviço Central de Proteção ao Crédito. O prazo não varia muito quando se comparam os setores financeiro (bancos, financeiras e cartões de crédito) e não financeiro (varejo, empresas de telecomunicação, serviços e prestadoras de serviços públicos). Os consumidores que ficam inadimplentes com as empresas do setor financeiro ficam mais dias com a restrição (72 dias), enquanto os inadimplentes com empresas do setor não financeiro permanecem no cadastro por 63 dias, na média.
Considerando isoladamente, os consumidores pagam mais rapidamente as empresas prestadoras de serviços públicos (utilities) e as empresas de serviços, 42 dias e 60 dias respectivamente. Em contrapartida, na categoria das empresas de telecomunicação os consumidores demoram 162 dias, na média, para regularizar suas pendências.
O prazo de pagamento das dívidas em aberto vem recuando nos últimos anos, acompanhando o movimento de queda nos indicadores de inadimplência e de maior cautela do consumidor na administração de suas contas.
O prazo médio que era de 83 dias em 2011 e 2012, anos em que a inadimplência apresentou tendência de alta, recuou em 2013 para 74 dias e 70 dias em 2014.
O diretor de sustentabilidade da Boa Vista SCPC, Fernando Cosenza, comenta dois aspectos que chamam a atenção no estudo. Quanto à redução do tempo médio para a regularização, comparando-se o ano passado com este ano, pode ser mais uma evidência de que tem havido progresso quanto à educação financeira do consumidor brasileiro. O planejamento e o esforço de controle do orçamento, além de prevenir a inadimplência, também promove o acerto das contas, seja por meio da renegociação ou da quitação das dívidas em atraso. Olhando-se ainda o tempo médio, nota-se que 2012 foi o ano em que o consumidor ficou mais tempo com a dívida no cadastro. “Reflete a alta inadimplência registrada neste ano, em consequência, inclusive, de certa liberalidade na concessão do crédito”, analisa Cosenza.
Outro aspecto a destacar do estudo, segundo Cosenza, é a variação de tempo conforme os setores analisados. “As diferenças refletem como o consumidor prioriza a regularização das dívidas decorrentes de necessidades mais imediatas e administram as contas de valor mais elevado ou de menor impacto no dia a dia”. De acordo com dados do indicador de inadimplência do consumidor divulgado mensalmente pela Boa Vista SCPC, o valor médio das dívidas vencidas registradas na base de dados no último mês de agosto foi R$1.061,76.

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