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Com os pés no chão

Em agosto, o Índice de Intenção de Financiamento dos consumidores paulistanos registrou queda de 5,7% na comparação com julho e atingiu 17,3 pontos, mantendo-se abaixo da média histórica de 23,8 pontos. Em relação a agosto de 2014, a retração foi ainda maior (-29,8%). Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Ainda segundo a pesquisa, somente 8,2% planejam contrair dívidas nos próximos três meses – o menor valor da série histórica iniciada em junho de 2012.n Consequentemente, 90,9% dos consumidores não pretende se endividar no mesmo período.
 
Além disso, o índice de segurança de crédito caiu 5,3% em agosto em relação a julho, 15,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado e registrou 78,1 pontos. Entre o grupo dos não endividados, o indicador voltou a declinar e passou de 99,8 pontos em julho para 93,9 pontos em agosto. Em igual período de 2014, o indicador havia registrado 110,2 pontos. Já o indicador de segurança de crédito dos endividados diminuiu de 67,8 pontos em julho para 65,4 pontos em agosto. No mesmo mês do ano passado, o índice era de 74,5 pontos.
 
Para a FecomercioSP, as condições ruins de emprego, renda e inflação tendem a forçar as famílias a reverem planos de aquisições, além de reduzirem o orçamento corrente dos lares. Mesmo assim, será pouco provável que elas escapem da busca por crédito no sistema financeiro novamente, dado o desafio cada vez maior de equilibrar o orçamento doméstico diante da conjuntura adversa.
 
A crise vem fazendo muitos consumidores resgatarem recursos de aplicações com o objetivo de fazer frente ao aumento das despesas. Entre agosto de 2014 e agosto de 2015, caiu de 46,2% para 39% a proporção de clientes que diziam ter algum tipo de aplicação. Sete entre 10 paulistanos com aplicações, por sua vez, ainda apostam na poupança, que permanece como a primeira opção das famílias que possuem aplicações, com 69,5%. Renda fixa segue em segundo lugar, com 19,4%; previdência privada, com 5,12%; outras aplicações, com 3,9%; e ações, com 2%. 
Entretanto, por causa da inflação e dos juros elevados, nota-se, entre os consumidores que possuem aplicações, um aumento da parcela com recursos em renda fixa (+6 ponto porcentuais na comparação com agosto do ano passado) e uma queda da proporção com recursos na poupança (variação de -3,6 p.p. no mesmo período).

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