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Vendas a prazo no Dia dos Pais caem

As expectativas pessimistas dos comerciantes brasileiros para as datas comemorativas de 2016 se confirmaram e o comércio varejista registrou uma nova queda nas vendas para o Dia dos Pais. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as vendas a prazo caíram 7,15%, entre os dias 7 e 13 de agosto, na comparação com o mesmo período em 2015. É a terceira queda consecutiva, mas em um ritmo menos intenso que o ano passado: em anos anteriores, as variações foram de -11,21% (2015), -5,09% (2014), +3,78% (2013), +4,75% (2012), +6,86% (2011) e +10% (2010).
O Dia dos Pais é a primeira data comemorativa do segundo semestre e, por mais que fique atrás do Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados no volume de vendas, funciona como um termômetro para as próximas datas, como Dias das Crianças e Natal. Segundo uma pesquisa de intenção de compras feita pelo SPC Brasil, os produtos mais procurados neste período seriam os itens de vestuário, perfumes e cosméticos, calçados e acessórios.
 
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a incerteza com relação ao emprego e os rumos da inflação têm impactado nos compromissos financeiros como o parcelamento de compras. “Considerando o fraco desempenho das outras datas comemorativas ao longo de 2016, a expectativa dos lojistas já era baixa. A piora das condições econômicas, como o aumento do desemprego, da inadimplência e o crédito mais restrito exercem forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar e rever seus gastos para salvar as finanças”, avalia Pinheiro.
Porém, ele pondera que, embora o desempenho do varejo ainda esteja aquém dos anos anteriores, as quedas apresentam variação negativa menor que em 2015. O que pode indicar um rumo menos pessimista para o final do ano e 2017. “Para que a melhora efetiva seja sentida pelos comerciantes é preciso que se verifique uma tendência de melhora na confiança dos consumidores, calcada no avanço da renda e do emprego”, explica.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a intenção de presentear ainda é alta, mas neste ano houve um redirecionamento para os presentes mais baratos e geralmente pagos à vista. Uma vez que os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas. 

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