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E-commerce e a baixa renda



O e-commerce cresce no Brasil de forma consistente, apresentando índices de faturamento superiores a 20% ao ano nos últimos anos. O nível foi mantido inclusive em 2009, considerado um ano de crise econômica mundial. Nesse período, tivemos mais de dez bilhões de reais em vendas pela web.

Temos mais de setenta milhões de usuários de internet, ou seja, aproximadamente 40% da população. Esse número é superior à população total de muitos países, como França, Itália e Espanha. Hoje, existem quase quinze milhões de e-consumidores brasileiros, que cada vez mais estão perdendo o receio de fazer transações financeiras e de comprar pela internet. A cada dado verificado torna-se clara a necessidade do varejo estar presente nesse universo.

Há o fortalecimento de grandes operações, como é o caso da Casas Bahia e Ponto Frio, do Grupo Pão de Açúcar, que ameaçará a hegemonia do grupo B2W, detentor das marcas Americanas.com e Submarino. Além disso, o WalMart investiu R$ 25 milhões no seu portal de comércio eletrônico. Muitas pequenas e médias empresas também estão se ajustando para divulgar suas campanhas on-line e para estabelecer seu próprio negócio virtual.

Há muitos casos de companhias nacionais que criaram blogs para dialogar de perto com seus clientes, além de empresas, como as montadoras de veículos e as construtoras de imóveis, que têm investido muito nesse canal de venda, pois detectaram que quase todas as transações realizadas passaram antes por uma pesquisa na web para coleta de mais informações, como indicações. Ou seja, a pré-venda já está sendo feita por caminhos digitais.

Observando pelo lado dos consumidores, as classes de baixa renda têm sido as grandes responsáveis pelo crescimento contínuo das vendas. Segundo pesquisa elaborada pelo instituto Data Popular para a Associação Comercial de SP, entre os paulistanos da classe C, por exemplo, aproximadamente 25% já compraram on-line, enquanto nas classes DE o índice já ultrapassa os 7%. Mais de 26% do público citou ter interesse em comprar presentes pela internet no último Natal. Outro ponto importante levantado pela pesquisa é que 28% do público sempre lê as propagandas enviadas por email e aproximadamente 50% às vezes lê.

O medo com relação à segurança ainda é muito presente entre as classes DE, pois mais de 50% manifestaram que acham a internet insegura para compras. Embora hoje no Brasil grande parte do acesso à internet seja feito fora de casa (aproximadamente 50%), utilizando computador de terceiros, trabalho ou mesmo as lan-houses, esse público manifesta abertamente seu interesse por um melhor acesso, via banda larga, pois quase 60% do público pretendem adquirir um computador ligado à rede e com banda larga!Sendo assim, é de suma importância que as empresas se adequem urgentemente se quiserem ampliar suas vendas via web e vender a esse perfil de público. Deverão adaptar seus sites, tornando-os mais práticos, com melhor usabilidade, bem como suas operações de e-commerce, permitindo acesso rápido e fácil aos produtos desejados e adequando sua linguagem aos diferentes públicos, como o feminino, o infantil, entre outros.

Torna-se imprescindível evitar termos técnicos, muitos passos e clicks até chegar ao final, e acima de tudo, oferecer segurança por meio de certificações que comprovem que o site é de uma empresa idônea e que o consumidor poderá comprar sem medo de não receber o produto ou de ter seu cartão de crédito clonado.

Sandra Turchi é Superintendente de Marketing da Associação Comercial de São Paulo, a ACSP, e  coordenadora do curso “Estratégias de Marketing Digital da ESPM”
Contatos: www.sandraturchi.com.br

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