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Julgamento de dissídio em Campinas é adiado

O julgamento da convenção coletiva do setor de call center em Campinas foi adiado para data ainda não definida. Na última quarta-feira (9/9), os desembargadores do Tribunal Regional de Trabalho da cidade chegaram a se reunir para a decisão final, mas a sessão foi suspensa a pedido do relator para reavaliação do caso.
“Os empresários do setor, representados pelo Sintelmark – Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos -, esperam que os julgadores, na próxima audiência – se superadas as irregularidades apresentadas aos pedidos do sindicato laboral – sejam sensíveis à atual conjuntura econômica do País e ponderem sobre o piso salarial postulado pelo sindicato dos trabalhadores e assim não coloquem em risco os mais de 30 mil empregos na região”, ressalta Claudia Fini , do escritório Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados, que atua na defesa do Sintelmark.
O Sintelmark propõe que o piso salarial seja elevado para R$ 800, como vigora em todo o Estado desde janeiro e representa 13% de reajuste em relação ao piso anterior. O sindicato dos trabalhadores reivindica R$ 905,00, acompanhando o teto do governo do Estado, conforme a Lei 12.640/07. “Só que esta lei foi construída sobre 220 horas mensais de trabalho, embora o texto legal nada diga sobre carga horária”, comenta Stan Braz, diretor executivo do Sintelmark. Os operadores de call center trabalham 180 horas mensais, conforme a Norma Regulamentadora NR17. “Fazendo os cálculos, quem trabalha 220 horas e tem seu salário com base na lei estadual, ganha por hora R$ 4,11. Já os operadores de call center, com um salário de R$ 800, dividido por 180 horas, ganham R$ 4,44 por hora. Ou seja, 8% a mais por hora”, explica o diretor executivo do Sintelmark.
O sindicato das empresas alerta que, se o piso salarial for o que deseja o sindicato dos trabalhadores, todos os outros custos do setor na cidade vão subir 9,1%, valores que as empresas de call centers não têm como absorver. “As consequências poderão ser a migração de empregos para outras localidades e até quebra de empresas”, acrescenta o diretor executivo.

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