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Andrea Cavallari, diretora de soluções e tecnologias emergentes para a Red Hat Brasil América Latina

A transformação digital é uma jornada, não um destino

A corrida para a adoção de nuvem está ocorrendo de forma acelerada e conectada a novas ondas de tecnologias emergentes como IA generativa, data science e automação, ou seja, a transformação é contínua

Autora: Andrea Cavallari

Há cerca de 3 ou 4 anos falávamos de transformação digital como um destino que todas as empresas buscavam atingir. Ao longo do caminho, descobrimos que ela é uma jornada, não um destino.A transformação digital já está em andamento faz algum tempo e diversos fornecedores de tecnologias participaram de iniciativas elaborando roadmaps de transformação, sua execução ou até mesmo tirando do papel algum plano já elaborado por seus clientes.

Uma lição cada vez mais consolidada é que a Transformação Digital não  possui um destino único. Não é sair do ponto 1 e chegar no ponto 2. Descobrimos que nesse quebra-cabeça só sabemos o nosso ponto de partida pois o nosso ponto de chegada vai mudar constantemente. O desafio é construir uma plataforma tecnológica que permita a transformação contínua e de forma cada vez mais acelerada para a empresa. Ou seja, é uma jornada de adaptação e de constantes mudanças.

Cada vez mais as tecnologias estão sendo usadas para adaptar o business às novas demandas de mercado e às incertezas da sociedade como, por exemplo, se ajustar ao mundo remoto imposto pela COVID-19 ou aos novos avanços tecnológicos como ambiente de nuvem ou inteligência artificial. 

Podemos citar a nuvem híbrida como um exemplo que permite o uso dos melhores recursos tecnológicos onde quer que estejam disponíveis. Ela é a fundação para uma plataforma de transformação contínua. A fundação de uma plataforma é o que permitirá a coexistência e a interoperabilidade tanto tecnológica como cultural em um ambiente corporativo. 

Quando falamos de construção de plataforma de transformação contínua é comum pensarmos apenas na necessidade de recursos tecnológicos, entretanto sabemos que existem outros componentes essenciais para que a adoção de nuvem híbrida ou novas tecnologias tenha sucesso. 

São eles:

1. Cultura organizacional

Possuir uma cultura organizacional fechada, a resistência dos associados e a falta de apoio executivo são as principais barreiras para seu desenvolvimento. Para uma transformação digital de sucesso é necessário o apoio da alta gestão da empresa, prover capacitação aos associados continuamente e evoluir gradualmente para que toda a organização entenda e se engaje na transformação de forma adequada, sem resistência.

Assim, a abordagem Top-Down já não funciona mais nos tempos atuais. A influência dos desenvolvedores é cada vez mais importante nas definições de tecnologia que impactam na diminuição do time to market da organização. Sendo assim, a abordagem bottom-up, na qual empoderar as comunidades internas a trabalharem juntas e tomarem decisões, quebrando silos, tem sido cada vez mais eficaz.

2. Metodologia de trabalho: Pessoas + Processos + Ferramentas

A ideia é simplificar os processos e ter ferramentas de fácil uso para que as pessoas possam operar e entender o seu valor. Quando as pessoas têm um propósito e se sentem parte da transformação na empresa, ela ocorre de forma mais fluida.

O uso de práticas de agile, DevOps, DevSecOps também são fundamentais para caminhar junto às novas tecnologias. O denominador comum entre Agile, DevOps e Cloud e contêineres é a mudança na forma de trabalho, que deve ser cada vez mais colaborativa e preparada para adaptar-se às mudanças. De nada adianta adotar tecnologias emergentes, atualmente em voga, se as pessoas e processos não puderem ser ajustados para o dinamismo trazido por estas tecnologias.


O mais importante, no entanto, é garantir que todas essas novas tecnologias e práticas tragam resultado para o negócio — o que chamamos de Business Outcomes. Ou seja, o alinhamento entre pessoas, processos e tecnologia é essencial para atingir os Business Outcomes.

Quando falamos de Business Outcomes, temos de considerar quais são os impactos esperados no negócio da empresa com todo esse avanço tecnológico. Geralmente quando os líderes pensam em adotar uma plataforma de nuvem ou nova tecnologia, os resultados esperados incluem:

  • Redução de custos com infraestrutura legada.
  • Melhorar o time-to-market
  • Permitir mais inovação
  • Maior flexibilidade, escalabilidade
  • Atender requisitos de segurança

Tudo isso tem relação direta com as aplicações que rodam sobre a plataforma. Sabemos que mover aplicações para a nuvem não é algo trivial e requer pessoas especializadas em realizar esse tipo de trabalho. Assim, a metodologia utilizada nesses processos também faz toda a diferença. 

Alguns passos recomendados para a transição de aplicações para uma plataforma mais moderna são:

  • Entender os objetivos de negócio;
  • Identificar bloqueios;
  • Trabalhar com Cocriação entre fornecedor e cliente;
  • Criação de comunidades de trabalho internas (squads);
  • Experimentação / piloto para depois expandir;
  • Modernização, além de migração de aplicações;
  • Considerar plataformas e arquiteturas abertas pois trazem mais opções e flexibilidade para inovar.

Ainda temos muito a fazer com relação à transformação digital e cada vez mais tecnologias surgem no horizonte. A corrida para a adoção de nuvem está ocorrendo de forma acelerada e conectada a novas ondas de tecnologias emergentes como IA Generativa, Data Science e Automação. Ou seja, a transformação é contínua e nos obriga a se adaptar e aprender conceitos novos a todo momento. 

Observe sua empresa, seus clientes e o mercado: você está pronto para a nova etapa da jornada de transformação? A única certeza que temos é que, após absorvermos essa onda de transformação, teremos mais uma onda no horizonte!

Andrea Cavallari é diretora de serviços e práticas da Red Hat América Latina.

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