Mudança de hábito

A Neon Pagamentos realizou uma pesquisa em sua base de usuários para identificar os hábitos de consumo. Foi identificado que 25% das transações realizadas pelos clientes com cartão de crédito, débito ou virtual ocorreram em compras nos supermercados, independente da faixa etária. A pesquisa também mostrou que as compras em bares e restaurantes ficaram em segundo lugar, com 20,3% das transações. Os gastos com transporte, tanto gasolina como apps de transporte, representaram 18,35%. Já gastos com assinaturas de serviços online, como Netflix ou Spotify, ocuparam a quarta colocação, com 9%. Seguido com gastos da categoria de entretenimento, como teatro e cinemas, que ficaram em quinto lugar, correspondendo a aproximadamente 5% das transações.
E, 2017, a Neon havia realizado uma pesquisa similar com clientes na faixa etária de 18 a 34 anos que mostrava que o prazer de comer e beber ficava em primeiro lugar e transações em supermercados em segundo. No levantamento de agora existe uma inversão de categoria, tanto na faixa de 18 a 34 anos, como nas faixas etárias gerais, os gastos com supermercado superaram o de bares e restaurantes. “Ao comparar as duas pesquisas é possível observar como os hábitos mudaram nos últimos anos”, afirma Alexandre Alvares, diretor de marketing da Neon. “Este tipo de levantamento é importante para entender os hábitos dos nossos clientes.”
A pesquisa de 2019 também mostrou que os clientes preferem fazer transações via cartão em detrimento ao dinheiro. Foram registradas 42 vezes mais transações no cartão virtual ou físico do que em saques. Para este estudo, foi considerada uma amostra de cerca de 1 milhão de transações realizadas, incluindo saques, cartão de débito, crédito e cartão virtual.

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Mudança de hábito

Sete em cada dez brasileiros (72%) mudaram os hábitos em relação ao dinheiro por causa da crise econômica. Somente 19% garantem não ter feito mudanças. É o que revela pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O orçamento mais curto fez com que muitas famílias modificassem a rotina de compras, além de repensar algumas das prioridades. Assim, 55% passaram a evitar compras de bens supérfluos, aumentando para 68% entre os mais velhos e 69% entre os pertencentes às classes A e B. Outros 55% reduziram os gastos com lazer, enquanto 54% passaram a fazer pesquisas de preço antes de adquirir um produto e 52% ficaram mais atentos às promoções, buscando preços menores.
De modo geral, estabelecer estratégias a fim de diminuir as despesas em casa passou a ser comum para boa parte dos entrevistados: considerando os consumidores que afirmaram ter mudado seus hábitos financeiros, 51% buscaram economizar nos serviços de luz, água e telefone, pensando no valor da conta, 46% adotaram a substituição de produtos por marcas similares mais baratas, 44% passaram a controlar os gastos pessoais e/ou da família e 43% passaram a evitar parcelamentos muito longos. Por outro lado, observa-se que a atitude menos adotada a partir da crise econômica foi o hábito de poupar ao menos uma parte dos rendimentos, mencionada por apenas 26%. De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, de fato, em momentos de aperto financeiro é mais difícil para o consumidor constituir reserva financeira quando a prioridade é pagar as contas e manter demais compromissos em dia.
“Cada família encontrou um jeito de lidar com a situação, sempre com o mesmo objetivo: fazer as despesas caberem no orçamento. Em momentos de sufoco financeiro é importante os consumidores ficarem mais atentos aos gastos com itens supérfluos ou desnecessários e controlarem os gastos pessoais, mas atitudes como estas são recomendáveis em qualquer contexto para uma prosperidade financeira. Além disso, ter uma reserva financeira te ajuda a passar por momentos de crise com segurança e tranquilidade”, destaca a economista.
MANUTENÇÃO DOS NOVOS HÁBITOS
A pesquisa indica também que, em relação aos sentimentos vivenciados com a mudança de hábitos decorrente da crise, quatro em cada dez entrevistados sentiram alívio e tranquilidade por não estourar o orçamento (42%), enquanto 36% relatam alegria por conseguir manter pelo menos o essencial. Em contrapartida, 32% mencionam frustração por deixar de comprar certos produtos que gostam e 31% falam na limitação por querer e não poder comprar. Além disso, um em cada cinco consumidores se sente constrangido por não poder dar para família o que eles desejam (21%).
De qualquer forma, as mudanças proporcionadas por todo esse contexto parecem ter sido bem assimiladas pela grande maioria dos entrevistados: supondo que a situação do país melhore em 2018, 83% pretendem manter os hábitos que adquiriram durante a crise e somente 8% pretendem abandoná-los. Essa disposição para manter atitudes adotadas no período de adversidades está relacionada a efeitos claramente positivos nas finanças pessoais: 52% poderiam dar continuidade aos hábitos adotados por terem conseguido administrar melhor o orçamento, enquanto 51% dizem ter aprendido a economizar dinheiro, 50% passaram a controlar o impulso por compras e 47% aprenderam a fazer compras melhores.
Por outro lado, o desejo de recuperar o antigo padrão de consumo levaria parte dos entrevistados a abandonar as práticas adquiridas no período de adversidades. Dentre aqueles que mudaram seus hábitos em relação ao dinheiro durante a crise, mas voltariam ao antigo padrão de comportamento em caso de melhora do cenário econômico, 44% fariam isso porque querem voltar ao tipo de vida que tinham antes, ao passo em que 26% não se sentiriam mais inseguros em relação ao futuro e por isso não precisariam mais se controlar.
“Foram quase três anos consecutivos de recessão, que se estendeu de meados de 2014 ao final de 2016, mas a economia brasileira voltou a crescer em 2017, ainda que em ritmo bastante lento. Esse início de recuperação conta também com alguma retomada do consumo das famílias, estimulado tanto pela medida que liberou o FGTS no primeiro semestre do ano passado quanto pela queda da inflação e dos juros”, afirma Marcela Kawauti. “Por outro lado, o quadro geral da economia ainda é ruim, com poucos reflexos positivos diretos no dia a dia do consumidor. Portanto, é importante que as pessoas mantenham a prudência nos gastos e priorizem o planejamento e o controle do orçamento”, indica.

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Mudança de hábito!

A mesma classe C que há alguns anos mostrava sinais de ascensão social e aumento no poder de consumo, hoje sofre com ameaças de desemprego e de inflação em alta. Apesar de tentarem manter o padrão de consumo conquistado, buscam racionalizar gastos, principalmente no que se refere ao lazer e alimentação. De acordo com a análise da gerente de estatística da TNS Brasil, Bianca Ambrósio, a maior parte da população de baixa renda precisou fazer cortes nos últimos meses. O destaque ficou para racionalização de itens na compra mensal, em seguida, vem o lazer e os financiamentos em longo prazo. 
Bianca também explica que o primeiro impacto em períodos de crise econômica é sempre nos serviços e no consumo. “As pessoas não deixam de comprar, mas começam a racionalizar. Ainda não chegamos a uma crise tão forte para que a classe C volte ao padrão de consumo anterior ao da ascensão. Além disso, esse grupo tem a preocupação de não se privar de conquistas em áreas importantes, como saúde e educação”, avalia. Outra mudança foi nas compras do mês. Análises apontam que essas pessoas mudaram suas estratégias de consumo. Entre as principais mudanças estão a intensificação na busca por promoções, compra em menor quantidade, corte de produtos de determinadas categorias e pesquisa de novas marcas.
Apesar disso, os consumidores da classe C buscam itens mais baratos dentro de rol de produtos já testados, antes de arriscar novidades. “Agora que esses consumidores se acostumaram com produtos de um nível melhor, dificilmente vão trocar por um inferior. A saída pode ser usar menos ou buscar promoções”, diz Bianca. Ela também não vê um retrocesso na ascensão social dessa parcela da população, mesmo com a perda de poder aquisitivo e decisões como devolução de veículos e o cancelamento de seguros. Ainda explica que o critério para definir classe social é baseado em posses de bens. “Uma pessoa não vai deixar de ter uma geladeira, uma TV, ou mudará a pavimentação da sua rua e a distribuição de água”. A classe social não é definida somente pela renda familiar. “Enquanto o desemprego não aumentar, esse brasileiro que ascendeu não vai sair da classe C. Mas seu poder de compra diminui, com o aumento da luz, do aluguel e dos produtos em geral.”
GASTO MAIS CRITERIOSO
Na restrição orçamentária, a jornada de compras deixa de ser um processo automático e passa a ser mais planejada e repensada. Os consumidores da classe C ampliaram seus pontos de venda em busca do melhor preço. De um modo geral, esse grupo de consumidores está menos disposto a pagar mais por conveniência e experiência de compra. Com a crise hídrica e energética também houve redução no consumo de água e energia elétrica. Estes itens essenciais foram os que mais sobrecarregaram o orçamento nos últimos meses chegando até a serem parcelados. Como aconteceu com luz, alimentação, transporte, refeições fora de casa, vestuário, aluguel e água.

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Mudança de hábito

Os recursos naturais sempre foram muito explorados para fins comerciais, o que ajudou no desenvolvimento mundial. Porém, uma hora, esses recursos podem acabar. O que fazer? “Consumo Sustentável é um conceito que cada vez mais precisa fazer parte do dia a dia de todos nós. É um caminho sem volta para a população mundial, uma vez que o modo de consumirmos hoje não é viável para o mundo”, destaca Lígia Camargo, gerente de sustentabilidade da Unilever.
Recentemente, a empresa fez uma pesquisa, em parceria com o Ministério no Meio Ambiente, chamada “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”. O levantamento mostrou que a população brasileira admite ser pouco informada sobre assuntos referentes ao meio ambiente e que mais da metade da população ainda não têm conhecimento sobre o que significa “Desenvolvimento Sustentável”. “Outra pesquisa interna da Unilever mostra que 60% da pegada ambiental de nossos produtos está relacionada à situação de consumo, ou seja, diretamente ligada aos consumidores. Por isso, queremos conscientizá-los do poder transformador das suas escolhas de consumo sobre o meio ambiente e sobre a sociedade, fazendo com que mudem o comportamento de compra, de uso e de descarte de bens”, explica Lígia.
A Unilever leva a sustentabilidade como algo comum dentro da empresa. Um mantra que ilustra bem isso é a afirmação de Paul Polman, CEO Global da empresa: “Ser sustentável não é uma opção, mas o único caminho a seguir.” Por isso, eles vão contra a corrente a qual afirma que ser sustentável é mais caro ou acaba por encarecer o produto para o consumidor final. “Estamos constantemente adequando nossas práticas e processos para acompanhar a evolução do mercado, novas tecnologias, novos padrões de vida e consumo. E, sem dúvida, o fato de termos nascido em busca de uma sociedade melhor faz toda a diferença para sermos competitivos”, afirma a gerente. “Assumimos um grande desafio de crescimento para os próximos anos, mas sabemos que crescer a qualquer custo não é viável”, garante Lígia Camargo.
Para essa cultura interna ser passada para o cliente, a comunicação é fundamental, até como forma de educar o consumidor. “Esse é o caminho para uma efetiva mudança de hábito, principalmente no que diz respeito a diferenciar um produto sustentável”, salienta Lígia.

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