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Muita informação, pouca sabedoria

Semana passada, eu estava assistindo, na televisão, a um episódio da série Law & Order.. Em determinado momento, o detetive perguntou ao CEO de uma igreja (é, as igrejas lá estão mais adiantadas que as daqui: têm até CEO!) se um suspeito freqüentava a congregação. O executivo pegou o celular e acessou a informação na hora, através de uma conexão direta entre o celular e o database da igreja.
 
A cena não é de ficção científica. Pelo contrário. Aqui mesmo no Brasil já há inúmeras empresas usando o celular como ferramenta de automação de sua força de vendas. Mas eu não estou interessado em discutir tecnologias, e sim o conteúdo armazenado e transmitido por elas. A informação disponível e a capacidade, ou a incapacidade, de transformar essa informação em real conhecimento.
 
Partimos do princípio que informação é referencial, ou seja, diz respeito ao que se passou e está armazenado nos bancos de dados. Tem a característica de ser organizável, recuperável e transformável no que chamamos conhecimento, que é inferencial, isto é, aquilo que você deduz e até intui da informação recuperada.
 
O problema é que parece que vivemos em uma era fantasticamente rica de dados e assustadoramente pobre de idéias. Computadores na faixa de centenas de terabytes já são comuns. Mas não passam de imensas panelas de pressão. A comida que se serve a partir delas…
 
Recentemente, eu tive acesso a uma pesquisa realizada pela Accenture que apresenta algumas tristes conclusões sobre o atual ambiente corporativo, no que diz respeito à forma como os executivos lidam com o fantástico volume de informações ao seu dispor.
 
A Accenture entrevistou 1000 executivos de grandes empresas e descobriu o seguinte:
 Os executivos passam mais de duas horas por dia buscando informações e mais de 50 por cento das informações que obtêm não têm valor para eles.
 Apenas metade dos executivos acredita que suas empresas fazem um bom trabalho administrando a distribuição da informação, ou que estabeleceram processos adequados para determinar que dados podem ou devem ser acessados em cada parte da organização.
 59 por cento disseram que, como conseqüência da fraca distribuição de informação, eles deixam de acessar informações que poderiam ser valiosas para suas atividades quase diariamente porque não sabem onde procurar ainda que tenham certeza de que existem em algum lugar da empresa.
 42 por cento dos respondentes disseram que acidentalmente usam uma informação errada pelo menos uma vez por semana.
 
stão surgindo novas tecnologias de integração, como SOA e master data management, que deverão ajudar esses executivos a lidar melhor com seus processos de negócios e com as novas tendências. Mas eles terão uma longa caminhada pela frente ainda. Inclusive porque, está na pesquisa, uma grande parte desses executivos ainda guarda informações que seriam úteis para toda a corporação em seus computadores pessoais quando não nas caixas de entrada de seus e-mails!
 
Soa familiar? Se quiser dividir conosco algumas histórias de sua experiência pessoal, mande seu relato. Ou sua dúvida. Terei o maior prazer em discutir esse assunto mais a fundo com vocês.
Até a próxima.
 
Fernando Guimarães é consultor de Marketing e Comunicação, redator de Publicidade e Marketing Direto, especialista em Marketing de Relacionamento

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