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No bolso do cliente

Ninguém pode negar que o momento é do mobile. Prova disso é a explosão nas vendas de smatphones e tablets. Muito se deve à facilidade no acesso à internet nessas plataformas móveis. Dados do Ibope indicam que 52 milhões de pessoas acessam a internet no celular, sendo 20 milhões por smartphones. Esse cenário vem incentivando o consumo de aplicativos com inúmeras funcionalidades.  As marcas, é claro, não ficaram de fora. Seja por meio de jogos, serviços, brincadeiras ou ações promocionais, os apps se tornaram mais um caminho para elas se aproximarem dos clientes. “Faz parte do processo inerente ao universo da comunicação e do marketing a flexibilidade e aculturação aos novos tempos, inclusive no ambiente corporativo”, declara Tatiana Ponce, diretora de marketing e trade da BDF Nivea Brasil.
Entre os benefícios do investimento em aplicativos de celular está a oportunidade de estar com o usuário 24 horas por dia, sete dias por semana, segundo Jessé Rodrigues, diretor e professor da Escola de Marketing Digital. “Ou seja, acompanhá-lo sempre em qualquer lugar. É uma forma de oferecer um serviço ou conteúdo no tempo e local do usuário”, explica. Além disso, Rodrigues acrescenta que é a oportunidade de expandir os canais de comunicação, vendas e relacionamento. Na visão do professor, o uso de aplicativos impulsiona a interação do cliente com as marcas, principalmente se o serviço for pensado para facilitar o dia a dia do usuário no consumo de produtos, serviços, conteúdo ou mesmo para desempenhar atividades rotineiras. “Aplicativos que oferecem serviços de valor agregado são mais acessados e têm maior preferência por parte dos usuários”, afirma.
Mas, não basta que a empresa invista em desenvolvimento de apps e tenha milhões de download. O desafio, segundo Kanashiro, é engajar o consumidor nessa plataforma, fazendo com que ele seja um usuário frequente do aplicativo. “Vejo muitas empresas comemorarem e mensurarem o sucesso de seus aplicativos pelo download realizado, mas isso não significa que o seu cliente está utilizando. Sabemos que mais de 80% dos aplicativos baixados são esquecidos pelos usuários”, explica. Para ter destaque entre o gosto dos consumidores, é preciso que as empresas tenham estratégias bem traçadas para que não seja apenas mais um aplicativo em meio a tantos, segundo explica Vitor Elman, sócio e diretor de engajamento da agência Cappuccino. “Sem um plano de mídia para gerar visibilidade, um aplicativo cai no meio de milhões de outros e acaba sumindo. Além disso, deve ser integrado com todos os pontos de contato da marca. É preciso que toda a comunicação esteja em sinergia”, declara.
EXPERIÊNCIA MOBILE
Para acompanhar a tendência e melhorar a interação do cliente, a Nivea, por exemplo, decidiu renovar o aplicativo Nivea Sun, criado em sua primeira versão em 2010. “Por conta desse nosso engajamento com o consumidor e do sucesso desse tipo de plataforma tecnológica, que é sinônimo de serviço qualificado, apostamos em renovar o aplicativo”, conta Tatiana Ponce, diretora de marketing e trade da BDF Nivea Brasil. Desenvolvido pela Agência AgênciaClick Isobar, o app conta agora com funções que permitem que o usuário programe o melhor horário para despertar tendo como referência a previsão do tempo. Se o dia estiver ensolarado, por exemplo, o app aciona o despertador, mas caso as condições climáticas sejam desfavoráveis – céu nublado, chuva etc – o serviço poupa o usuário de acordar desnecessariamente, segundo Tatiana.
Outro exemplo de app que auxilia a vida do cliente é o GlicoCare, app da Bayer, criado para auxiliar pacientes no controle de diabetes. O objetivo da empresa é informar as pessoas sobre a doença e, ainda, oferecer suporte para o controle de glicemia. “Somos de fato preocupados com a saúde e bem-estar de nossos pacientes, por isso, soluções como o GlicoCare vão de encontro ao nosso maior ganho, que é nossa missão de usar a ciência para uma vida melhor”, declara Patrícia Gaillard, gerente de marketing da Bayer. Segundo ela, pacientes podem usar o aplicativo para manter o controle da doença em sua rotina e auxiliar com informações ao usuário. “Seu principal atributo se relaciona aos benefícios proporcionados aos consumidores que baixam a ferramenta para apoiar seu tratamento”, afirma.
Acompanhando essa tendência, as instituições financeiras também investiram em apps. Segundo Ricardo Guerra, diretor de canais de atendimento do Itaú Unibanco, o número de transações bancárias pelo celular no Brasil cresceu 788% nos últimos anos. Pensando nisso eles criaram o mobile banking para facilitar as operações. “O cliente vem mudando, ele aproveita cada vez mais a conveniência do celular para checar o saldo com mais frequência, por exemplo, o que implica na criação de uma experiência digital que seja não somente fácil, mas também prazerosa. Ou seja, abrindo espaço para simulações, gestão financeira e outras ‘interações ricas’ no canal. Por si só, o celular é uma poderosa ferramenta de fidelização”, afirma.
SÓ O COMEÇO
A economia de aplicativos móveis vai dobrar de US$ 72 bilhões em 2013 para US$ 151 bilhões em 2017, segundo pesquisa da Appnation. “Em 2015, o acesso a internet no celular deve ultrapassar o acesso tradicional. Atualmente temos uma oferta de smartphones em diferentes faixas de preço, é possível comprar smartphones por R$ 399,00, a desoneração fiscal aplicada aos smartphones e muitas outras variáveis”, afirma Kanashiro. Somando tudo isso, as empresas estão de olho para acompanhar a tendência.
Além disso, segundo o diretor do Itaú Unibanco, a estimativa é que o smartphone seja um dos principais canais de relacionamento do cliente. “Com maior poder de processamento, telas de +4″ e a melhoria da rede de dados no Brasil, veremos uma explosão de novos serviços que trarão ainda mais conveniência e também uma interação rica com simulações utilizando infográficos e a contratação de produtos, considerados hoje complexos para o canal, acontecendo com facilidade”, conclui.

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