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Quem puxa a evolução

Nos últimos anos, o setor de crédito e cobrança deu um salto de qualidade. Resultado do próprio amadurecimento de toda a atividade, essa evolução passou por investimentos em novas estratégias, tecnologia e, principalmente, inovação, o que fez alcançar um alto nível de profissionalização. No entanto, os desafios não param de aparecer, exigindo do mercado um novo salto. Ainda assim, nesse cenário de grande transformação, há quem já esteja saindo na frente. A prova disso é o 6º Prêmio da Indústria de Recuperação e Concessão de Crédito, realizado em outubro, durante o 8º Congresso Nacional de Recuperação de Crédito – fruto da parceria entre ClienteSA e Aserc, Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito.Palco de melhores práticas, a premiação espelhou a evolução da cadeia produtiva que compõe a atividade, com reconhecimento às empresas e aos profissionais que fazem a diferença. “Mais uma vez destacamos as melhores iniciativas, envolvendo toda a cadeia produtiva ligada diretamente à atividade, reforçando a tese de que esse mercado está cada vez mais forte”, pontua Vilnor Grube, diretor da ClienteSA.
O grande destaque do almoço de premiação ficou por conta da Boa Vista Serviços, que saiu com três troféus, incluindo de Empresa do Ano pela melhor média de pontuação. “Essas conquistas mostram que estamos desenvolvendo um trabalho de excelência. É o reconhecimento de toda uma equipe”, festeja Ana Gabriela Oliveira, gerente de analytics da Boa Vista. Além do troféu de Empresa do Ano, a Boa Vista foi premiada na categoria Melhor Projeto de Inovação, na área de Fornecedor de Serviço, com o case “Acertando suas contas virtual”, e na área de Cobrança Administrativa, com o case “Renda Presumida”. Também receberam troféu a Paschoalloto, Veganet, Algar Tech, Agyx Serviços e VCom Tecnologia.
Além do 6º Prêmio, o almoço de premiação também reconheceu os melhores profissionais do setor com a entrega do Personalidades ClienteSA – Crédito e Cobrança 2014. Com experiência de sobra no mercado, Célio Lopes, diretor de serviços financeiros da Anhanguera Educacional, foi o grande vencedor. Escolhido por um Comitê de Notáveis entre os seis profissionais mais votados pelo público, o executivo recebeu o troféu ouro. “Recebo esse troféu com muito orgulho. É gratificante ter o nosso trabalho reconhecido. Isso mostra que estamos no caminho certo”, comemora. Além dele, o Personalidades também reconheceu Gabriela Sterenberg, da BMW Serviços Financeiros, e Emilio Augusto Vieira Neto (Pitico), da Lojas Marisa. Assim como, Reginaldo Diniz, da Paschoalotto Serviços Financeiros, Diogenes Barbosa, da Safemoney Consulting, e Ariane Abreu, da TotalIP. No total, a premiação teve cerca de 2700 votos.
Pelo trabalho realizado a frente do Secobesp, Sindicato das Empresas de Cobrança e Recuperação de Crédito do Estado de São Paulo, Nicolas Medina Alonso também foi homenageado. O executivo recebeu o troféu “Contribuição para o Desenvolvimento da Atividade”, destacando o seu apoio para o desenvolvimento da atividade.
8º Congresso Nacional de Recuperação de Crédito
Uma nova cobrança
Com a economia brasileira dando os primeiros sinais de alertas – aumento do desemprego e da inadimplência, especialistas do mercado de cobrança traçam umcenário de grandes transformaçõesem toda a atividade, exigindo inovação em tecnologia, estratégias e RH
O cenário positivo o qual estava acostumado o mercado de recuperação e concessão de crédito pode estar terminando, já que o ciclo de crescimento acelerado apresentado pelo Brasil a partir do plano real parece chegar ao fim. E, embora o sistema financeiro nacional tenha conseguido manter a inadimplência e o endividamento em patamares toleráveis até o momento, o ciclo de crescimento deve se amenizar trazendo novos desafios.É nesse quadro, que surge a necessidade de uma nova cobrança, feita a partir de recursos humanos mais desenvolvidos, novas tecnologias e com base em estratégias inovadoras. Na prática, isso denota que essa nova forma de cobrar deve assumir um papel muito mais relevante no ciclo de crédito, como ficou explícito no 8º Congresso Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito, realizado pela Aserc, Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito, em outubro, no Novotel Jaraguá, em São Paulo.
Os especialistas reunidos no encontro reforçaram a necessidade de uma grande transformação, que deve refletir em toda a atividade. “Estamos passando por um período de turbulência, com algumas incertezas no cenário nacional. Diante desse quadro, é importante que todos parem para fazer uma reflexão.Afinal, o momento de profissionalização já passou, e agora é hora da ação”, destaca Nicolas Medina Alonso, presidente da Secobesp, Sindicato das Empresas de Cobrança e Recuperação de Crédito do Estado de São Paulo.
Esse período nebuloso se deve muito ao momento que a própria economia mundial está passando. Na avaliação de Luis Arthur Nogueira, editor de economia da Revista IstoÉ Dinheiro, alguns fatores externos podem impactar negativamente no Brasil. Entre essas preocupações, ele coloca a política monetária americana, a mudança do modelo chinês, a estagnação européia e o vizinho-problema argentino. No entanto, o problema não fica restrito a isso. Nogueira enumera também fatores internos que geram apreensão, como a inflação no teto da meta, déficit primário, crise energética, falta d´água e o futuro Governo. “Com tudo isso, 2015 tem que ser um ano de ajustes econômicos para que o Brasil volte a crescer. É preciso liberar os preços represados, resgatar a credibilidade fiscal, realizar uma liberação inteligente do câmbio, encaminhar a Reforma Tributária, colocar a Reforma Política em debate. O resultado é um baixo crescimento no começo, mas a retomada da confiança fará o PIB crescer de forma vigorosa”, afirma.
Caso contrário, há um grande risco do desemprego voltar a subir e, com ele, a inadimplência, o que preocupa o mercado. Segundo Marcel Domingos Solimeo, superintendente do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, esses é um dos principais motivos da falta de pagamento. “Caso o desemprego suba, há uma clara tendência que o índice de inadimplência cresça de forma perigosa”, calcula o economista. Ele acrescenta ainda o fato da facilidade de adquirir crédito hoje em dia. “Novos consumidores no mercado têm acesso facilitado ao crédito, o que gera descontrole e resulta na inadimplência. Os bancos devem ficar mais cautelosos, enquanto os clientes mais cautelosos”, comenta Solimeo.
É nesse cenário de muitos desafios que se faz necessário algumas mudanças.Um dos principais pontos está na relação entre assessorias de cobrança e contratantes. O professor Emílio Augusto Vieira Neto, o Pitico, gestor de recuperação de crédito da Lojas Marisa, afirma que elas devem sentar para realmente discutir o que pode ser melhor para o mercado, estabelecendo uma verdadeira parceria. “Tem que ser bom para ambos os lados, uma relação ganha-ganha”, comenta. Além disso, para uma cobrança eficiente, Pitico ressalta a importância do investimento em tecnologia e, principalmente, de adquirir a maior quantidade possível de dados dos clientes junto às contratantes. “É preciso rever e negociar. As contratantes precisam auxiliar a assessoria a atingir os melhores resultados”, pontua.
Durante os dois dias de Congresso muito se falou ainda das mudanças pelas quais o mercado deve passar. No primeiro dia, palestras e debates discutiram também tendências do mercado, capacitação e tecnologia. Já no segundo dia, a inovação entrou em pauta. Além da apresentação de dois dos cases vencedores do 6º Prêmio de Crédito e Cobrança, a importância de conhecer quem é o devedor por meio de planejamento estratégico também foi ressaltado. Já no último painel do Congresso, importantes nomes do setor destacaram a importância de ter profissionais bem preparados.

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