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Rafael Cló, CEO e cofundador da Azos

A desburocratização da experiência no mercado de seguros como propósito

CEO da Azos descreve a proposta de valor da insurtech na direção de tornar mais acessível e ágil a jornada do cliente

O Brasil possuía, no ano passado, cerca de 40% das startups criadas na área de seguros, em toda a América Latina, segundo dados do Latam Insurtech Journey. Esse dado evidencia a percepção dos empreendedores brasileiros de que havia lacunas dentro desse tradicional segmento, com oportunidades para melhoria da experiência dos clientes. Caso exemplar é o da Azos. Em menos de três anos de existência, a insurtech já possui mais de 4 bilhões de reais em capital segurado, ao atuar com a visão de desburocratizar e baratear o processo de aquisição de apólices de seguro de vida. A proposta de valor vem sendo cumprida à risca, reduzindo de dias para alguns segundos o processo de onboarding do cliente e praticando preços 25% mais em conta que os praticados no mercado, conforme assegurou, hoje (05), Rafael Cló, CEO e cofundador da Azos, na 790ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Ao explicar os motivos que o levaram, junto com seus sócios, a empreender nesse segmento, Rafael contou que tudo teve início em 2020, quando precisou resolver questões de seguro de vida. As formalidades envolveram tantos aspectos burocráticos e demorados que o surpreenderam negativamente. Em contraposição, constatou, em solo americano, movimentos de busca por tecnologias e processos que tornassem a experiência dos consumidores na área de seguros mais simples e fluida. Dessa forma, partiram para a prática criando a insurtech, cujo lema é justamente “tornar os momentos mais difíceis da vida mais fáceis”.

A primeira grande dificuldade era superar o desafio de levantar capital, principalmente porque, nesse segmento, de acordo com Rafael, poucos acreditavam na possibilidade de mudança rápida no modelo de negócios, ainda mais com o nível de demanda de investimento implicado. Ainda havia outro agravante: as regulamentações que emperram as iniciativas de inovação no setor. No entanto, o CEO da Azos comentou que sempre surgem os que entendem ser esse cenário desafiador ainda mais atraente.

“Éramos três sócios sem nenhuma história no mercado de seguros e, talvez por essa mesma razão, em condições de olhar mais para as possibilidades e perspectivas do que para os entraves. Tivemos a sorte de encontrar investidores que entenderam o grau do problema que existia e que precisava ser resolvido, assim como acreditaram na nossa visão, a ideia de, por meio de racionalidade e tecnologia, construir uma solução eficaz com algo novo no segmento.”

Nessa sequência, quando indagado sobre o principal desafio para criar uma startup disruptiva, o executivo afirmou que não está no aspecto do investimento, nem em tecnologia ou estratégias de vendas. Para ele, no momento em que foi percebida uma dor no mercado e sem qualquer aparente sinal de que ela seria resolvida, a questão era encontrar pessoas que pudessem ajudar a colocar o projeto de pé e fazê-lo caminhar. “Nosso maior objetivo é atrair profissionais de alto nível, imbuídos da mesma cultura que a nossa e que compreendam o propósito da companhia. A partir de que tenhamos essas pessoas aqui dentro, o êxito acontece.” Na visão de Rafael, são elas que descobrem qual a melhor tecnologia para desburocratizar os processos das apólices, são as que estudam as melhores estruturações de precificação para escalar, parceiros corretores de alto nível e profissionais que ajudem a diferenciar sinistros legítimos de fraudulentos, etc.

Instigado a falar dos demais desafios e como superá-lo com essas equipes, Rafael disse que, no aspecto tecnológico, a vantagem da insurtech é se mover com rapidez na inovação, diferentemente das organizações tradicionais, com seus processos consolidados e sistemas legados. “Não tem como jogar tudo fora e recomeçar do zero.” Quanto ao estabelecimento de um sistema de preços mais baixos, permitindo escalar para crescer, o executivo assegurou que, graças à estrutura enxuta, é possível dividir a margem de lucro com os corretores e o cliente final. “Por falar nesses parceiros que atuam junto ao consumidor, um dos nossos focos principais é proporcionar condições para que se concentrem na conquista e manutenção de clientes. Temos consciência de que o corretor de seguros é, praticamente, um empreendedor individual. Ele é imprescindível para orientar as pessoas sobre a importância de um seguro de vida e, por isso, fazemos de tudo para tornar o trabalho dele o mais facilitado possível.”

Depois de explicar que a empresa foi criada para atender também aos consumidores mais afeitos ao fator conveniência e do autosserviço, Rafael passou pelas demais lacunas que a insurtech vislumbrou no mercado e que poderiam ser preenchidas com tecnologia e processos de desburocratização, sempre com muito estudo para conhecer profundamente os clientes. Houve tempo, ainda, para detalhar de que forma a empresa conseguiu reduzir de 10 a 15 dias para alguns segundos o processo de aprovação de uma apólice e oferecer um produto 25% mais barato que a média do mercado. Além disso, contou o que é feito para mensurar se a experiência dos clientes está refletindo a proposta de valor da Azos, incluindo os trâmites dos sinistros, algo que, por ser efetivo, tem permitido que a organização obtenha sucesso também na captação de recursos para continuar investindo.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 789 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerra a semana amanhã (06), com o Sextou, que tratará do tema  “Varejo: Transformação da experiência de consumo com novas tecnologias”, reunindo André Fonseca, co-fundador e CEO da Bornlogic, Fernando Farias, CEO da Gofind, Sheila Moura, diretora de varejo da Izio&Co, e Guga Schifino, diretor de novos negócios na Linx.

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