O crédito total do sistema financeiro, incluindo operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$ 2,86 trilhões em agosto de 2014, conforme relatório mensal do Banco Central do Brasil divulgado em 26 de setembro. O volume cresceu 1% em relação a julho e 11,1% em comparação com o mesmo mês de 2013.
O total de crédito destinado à pessoa física somou R$ 1,35 trilhão em agosto, o que representa um crescimento de 1,2% na passagem de julho para agosto e de 13,4% na comparação anual. Desse total, os recursos livres movimentaram R$ 764 bilhões, com crescimento de 0,5% em relação a julho e crescimento de 5% em 12 meses.
O saldo dos cartões de crédito chegou a R$ 146,6 bilhões em agosto, crescimento de 12,9% quando comparado com o mesmo período de 2013 e de 1,1% na comparação mensal. A participação do saldo dos cartões em relação ao volume total de crédito de recursos livres à pessoa física subiu de 17,9% para 19,2%, entre agosto de 2013 e agosto de 2014.
Em agosto, o saldo de cartões em operações sem juros cresceu 13% em relação ao mesmo período de 2013, chegando a R$ 105,9 bilhões – o que representa 72,2% de todo o volume de cartões de crédito no mês. Isso significa que o consumidor usa cada vez mais o cartão como meio de pagamento, usufruindo o prazo de até 40 dias sem juros para pagar a fatura e o parcelado sem juros da loja.
No âmbito das transações com juros, que representam 27,8% do saldo de cartões, houve aumento da participação do parcelamento da fatura e da compra parcelada com juros, que cresceram em conjunto 16,9% em agosto – na comparação anual – e hoje representam 30% do saldo de cartões com juros (a fatia era de 27,9% em agosto de 2013).
O crédito rotativo, por sua vez, cresceu 10,7% na comparação anual e vem perdendo espaço ano a ano, resultado do uso consciente do cartão pelos consumidores e de ações preventivas dos emissores, incentivando a educação financeira e disponibilizando linhas de financiamento alternativas, como o parcelamento da fatura.
O índice de inadimplência dos cartões de crédito apresentou uma queda em agosto de 2014 e chegou a 6,9%, permanecendo entre os menores patamares da série histórica.
