Levantamento da Dasa em quatro regiões metropolitanas do País dividiu o recorte feminino sobre o tema em seis perfis diferentes
Mais de 40% das mulheres brasileiras se situam dentro dos perfis “simplistas”, apresentando leves cuidados com a saúde e “carentes”, que gostariam de se cuidar mais, se possível. A informação consta de estudo realizado pelos times de CX e Data & Analytics da Dasa, rede de saúde integrada, que visou identificar como o público feminino lida com sua própria saúde preventiva, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. No levantamento, as brasileiras foram identificadas em seis personas, conforme o comportamento das mesmas em relação à própria saúde, configurando-as como exigentes, motivadas, simplistas, malabaristas, carentes ou desinteressadas.
“A pesquisa é mais ampla, mas o recorte feminino da mesma acendeu um alerta em relação à baixa motivação das brasileiras para fazer exames de rastreio, tais como os de câncer de mama e de colo de útero. Nosso time de Data & Analytics identificou que, das cerca de 200 mil mamografias realizadas de janeiro a setembro de 2022, 2,1% tiveram alteração”, informou Andrea Dolabela, diretora-geral de produtos, marketing, experiência e Data Analytics da Dasa.
Níveis de preocupação
Em primeiro lugar no ranking da pesquisa, com 20,6%, está a persona da “simplista”, aquela que faz só o que é indolor e descomplicado em relação à sua saúde, sem alterar muito a rotina. O levantamento mostrou que esse perfil evita check-ups anuais e acredita já fazer o necessário para se manter saudável. Um agravante para prevenção do câncer de mama, é que a maioria dessas mulheres tem mais de 56 anos, a faixa etária com maior incidência da doença.
Em segundo lugar (20,3%), está o grupo das “carentes”. Os dados mostram que esse grupo faz pouco em relação à saúde, mas gostaria de adquirir novos hábitos. São usuárias que desejam ajuda para mudar e querem ser acolhidas. A seguir, estão as “malabaristas” (19,2%), para quem a saúde é importante, mas que não têm tempo de se cuidar.
As “motivadas” (19%) e “exigentes” (11,1%), que costumam fazer exames preventivos, são proativas e exigentes em relação aos serviços de saúde, estão em quarto e quinto lugar no ranking, respectivamente. E em sexto lugar estão as “desinteressadas” (9,3%), que não têm opinião sobre o tema e não fazem exames ou consultas periódicas antes de apresentarem sintomas sérios.
Segundo Andrea, “em um contexto pós-pandemia, em que milhões de mulheres deixaram de fazer mamografias de rotina e são esperados 66.280 casos novos de câncer de mama só neste ano, a pesquisa da Dasa mostra que será fundamental uma força-tarefa de órgãos governamentais e prestadoras de serviços de saúde para a retomada dos cuidados das mulheres, A definição desses perfis nos ajuda a conversar com as mulheres de forma mais assertiva. O convite para embarcar na jornada do cuidado se torna mais pessoal e atende as necessidades e motivações de cada mulher. A entrega de saúde, desta forma, é personalizada e contribui para a prevenção.”
Mamografias
No ano passado, 2,8 milhões de mulheres que haviam deixado de realizar exames para diagnóstico de câncer de mama, segundo levantamento do time de Data & Analytics da rede. Mobilizadas a realizarem os exames, mais de 300 mil atenderam ao chamado. Os dados atuais indicam que este gap de rastreio ainda não foi superado, apesar da retomada gradual das atividades neste período de controle da pandemia.
“É compreensível que muitos cuidados deixaram de ser tomados por conta das necessárias medidas de isolamento durante a pandemia. Entretanto, tendo em vista a melhora do cenário, é fundamental que mulheres com mais de 40 anos retomem seus exames o quanto antes. Considerando a taxa de incidência de 43,74 casos de neoplasias malignas da mama entre 100 mil mulheres2 divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), estamos falando de mais 1,3 mil pacientes que podem se beneficiar enormemente de um diagnóstico precoce e medidas terapêuticas ágeis”, alerta Gustavo Fernandes, oncologista e diretor da Dasa Oncologia. Segundo ele, na rede, São Paulo lidera a praça com mais realização de exames de mamografia (51,51%) e a região Sul fica em último lugar (16,7%).
