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Vai ou não vai?

Com o cliente cada vez mais no poder das relações de consumo, estar onde ele está é uma obrigação para as empresas. E se eles foram para as redes sociais, nada mais certo do que ir também, inclusive para atender. Logo, com o crescimento rápido do volume de usuários – hoje são 1.15 bilhão no Facebook e 230 milhões no Twitter -, o mercado imaginou que poderia haver uma grande migração do atendimento. Porém, na prática isso ainda não ocorreu. O processo vem se dando aos poucos. “Sinto que muitos consumidores ainda preferem o contato telefônico por ser mais pessoal e por terem mais facilidade de expressar os seus anseios. Eles se sentem mais seguros”, opina Carlos Dias, gerente de atendimento ao consumidor da Heineken. Para exemplificar, o executivo cita a própria Heineken. Hoje, apenas 5% do atendimento é pelo Facebook – rede social utilizada pela marca para atender os clientes.
Na visão de Juliana Pires, gerente geral da central de relacionamento da Netshoes, isso ocorrer porque, em geral, o cliente segue um fluxo já consolidado culturalmente: telefone e depois contatos por chat, e-mail e redes sociais. Por isso, ela defende que as redes sociais não devem ser vistas como “concorrentes” com os meios convencionais de contato. A diretora explica que o posicionamento da empresa, setor, modelo de negócios e análise do comportamento do próprio consumidor determinarão o a relevância desses canais com o público.
Nesse sentido, as redes sociais vieram para complementar, de acordo com Fabio Marão, gerente de marketing interativo da Azul Linhas Aéreas. “Abrimos mais um canal, tendo a oportunidade de atender nossos clientes de outra maneira”, conta o executivo, que não vê a uma diminuição do atendimento por telefone somente porque a empresa está nas redes sociais. Para Marão, essa migração pode até vir a ocorrer, mas vai depender muito mais da forma com que cada canal age para solucionar os problemas e encontrar soluções. Mas isso deve levar tempo, já que o gerente vê muitas empresas ainda se preparando para atender nas redes sociais, ou por não ter conhecimento ou por receio da novidade. “Por isso, 2014 será um ano interessante para todas as empresas saberem o seu potencial com o atendimento pelas redes sociais”, destaca.
FUTURO
O que avança rapidamente, segundo Bruno Maletta, sócio-diretor da Consumoteca, é a quantidade de empresas que estão usando as redes sociais para fazer alguma ação de relacionamento. E, embora não veja ainda o mercado preparado para atender no canal, ele acredita que o primeiro passo já foi dado. “A maior parte das empresas já enxerga as redes sociais como um canal de relacionamento ou venda, e isso é o começo”, pondera. Dentro disso, Maletta coloca que a maturidade digital da empresa fará a diferença na rapidez para essa migração. “Empresas que estão bem preparadas para atuar no segmento digital, com um planejamento sólido, conseguem e veem a importância dessa migração, inclusive em termos de custo operacional”, pontua.
Para o sócio-diretor da Consumoteca, dois fatores irão contribuir para a migração do atendimento. O primeiro é a própria demanda dos consumidores. “Os números de acesso às redes sociais são altíssimos. Cada vez mais as redes sociais são facilitadores dos problemas do cotidiano dos consumidores brasileiros”, comenta. O outro é o aumento das vendas por redes sociais e aparelhos móveis, já que faz sentido que os consumidores queiram usar para reclamar e ser atendidos no pós venda os mesmos canais que utilizam para comprar. “A realização de uma compra pelas redes sociais ou a partir delas e o não atendimento correto por esse canal pode ser um fator crítico para as empresas”, afirma Maletta.
E na sua opinião, o atendimento irá migrar dos canais tradicionais para as redes sociais? Deixe a sua opinião na enquete do portal Callcenter.inf.br.
Leia também as matérias exclusivas do especial:
Ao invés de substituir, redes sociais vieram para somar aos outros canais de atendimento
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Vai ou não vai?

Embora o mercado já tenha adotado o uso do mobile payment há alguns anos e o número de celulares comercializados no País seja cada vez mais expressivo, o uso da tecnologia ainda não decolou – ao menos como se esperava. São poucas as ações e, consequentemente, menor ainda é o número de usuários. Entretanto, o esforço de operadoras e de instituições financeiras tem contribuído para estimular empresas a focarem no m-payment. Mas… a pergunta inevitável: é uma realidade bem próxima dos brasileiros – ou não tão próxima assim? A resposta para Paulo Nergi Boeira de Oliveira, diretor executivo da Caixa Econômica Federal: esse movimento deve levar um tempo para se consolidar. Mas, assim que os entraves iniciais forem naturalmente derrubados, tudo pode acontecer, e de maneira mais rápida do que se supõe. “É apenas uma questão de tempo. Os aparelhos celulares possuem uma presença impressionante em todas as classes sociais e nos locais mais ermos do país, normalmente não alcançados pelos meios tradicionais de bancarização, tornando este um meio natural de evolução para os pagamentos e transferências financeiras”, aposta.
Tudo depende de transpor duas grandes barreiras. A primeira é da resistência inicial ao serviço, que geralmente ocorre com os usuários menos habituais a novidades tecnológicas. A segunda, éde identificar o modelo mais adequado, lançando mão das tecnologias disponíveis, sem perder o momento de definição que o mercado está passando. “É preciso tomar decisões estratégicas, adotar um modelo que tenha alta aceitação e ter a capacidade de evoluí-lo na velocidade das necessidades do mercado”, comenta Oliveira. O diretorreforça que ainda estamos em um estágio inicial, com a maioria dos bancos buscando um modelo que tenha maiores chances de sucesso. “Diversas soluções já foram e continuam sendo testadas, mas nenhum modelo pode ser considerado ainda como a solução que será massificada no país”, acredita.
Da mesma forma, Juvenal da Silva Pereira, gerente executivo da diretoria de tecnologia do Banco do Brasil, aposta que o m-payment enfrenta problemas com a fragmentação de serviços, pois existem diferentes propostas de diferentes provedores. “Isso demonstra a necessidade de um alinhamento entre os principais atores como bancos, operadoras, bandeiras e redes de cartão”, afirma, também com exclusividade. Ambos estão trabalhando em cima da tecnologia de modo a aprimorá-la, com esforço para torna-lamais acessível, amigável eaceitável aos consumidores. “Estamos em uma fase de pesquisa intensa, unimos diversas iniciativas em uma equipe multidisciplinar. Estamos acompanhando o andamento da regulamentação e de iniciativas externas. Aprendemos muito com o Visa Mobile Pay e com a parceria que resultou no Oi Paggo”, avalia Pereira.Ponto importante a ser destacado e que merece atenção é a regulamentação que está em andamento, de acordo com Pereira. “A adoção do mobile payment deve acelerar bastante quando houver regulamentação definida. Contudo, iniciativas pontuais podem se destacar em breve”, prevê o executivo.
Uma dessas ações vem do Grupo Telefônica e da Mastercard International, que criaram a MFS, empresa que atuará na implementação da parceria firmada entre as duas corporações para o desenvolvimento de soluções de pagamento utilizando a telefonia móvel. O primeiro produto, com previsão de lançamento em abril de 2013, será uma conta pré-paga acessada pelo celular e por um cartão Mastercard, que permitirá ao consumidor fazer transferências de dinheiro entre pessoas, compras em lojas, recargas de celular, entre outras transações financeiras. O produto usa a tecnologia USSD (UnstructuredSupplementary Service Data) e é compatível com aparelhos GSM.
Da mesma forma, a MPO, Mobile PaymentOperator, joint venture criada no final de 2011 entre Claro e Bradesco, anunciou o primeiro resultado da parceria, que inclui a emissão de cartão pré-pago cobranded (moedeiro) pelo celular e a utilização de tecnologia sem contato/NFC (Near Field Communication). As iniciativas estão em fase avançada de desenvolvimento e estarão disponíveis aos clientes até o terceiro trimestre de 2013. “O pagamento por meio do celular é uma tendência natural na medida em que os aparelhos vêm incorporando novos serviços de valor agregado, além da voz. Diante desse cenário, acreditamos que a união da expertise de bancos e operadoras pode viabilizar a realização desses pagamentos móveis em escala no país”, aponta Carlos Zenteno, presidente da Claro no Brasil.
INCLUSÃO
Uma das questões levantadas pelas empresas é a inclusão da população brasileira nos meios de serviços tecnológicos. Segundo Marcos Etchegoyen, presidente da MFS Serviços de Meios de Pagamento, a conta pré-paga no celular, por exemplo, abre novas perspectivas para milhões de pessoas que possuem celulares e nunca tiveram acesso aos benefícios dos meios de pagamento eletrônicos e de uma conta corrente. A ideia é reforçada pelo presidente da MasterCard Brasil e GeoSouth, Gilberto Caldart. “O pagamento por celular é um dos compromissos da MasterCard em promover a inclusão financeira de forma eficiente e, assim, proporcionar a milhões de pessoas que hoje não possuem acesso aos canais financeiros tradicionais a possibilidade de fazer transações de maneira rápida, transparente e segura”, finaliza.

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