Em meio ao cenário atual de crise, em que diversos segmentos de negócios registram quedas, o consórcio desponta com volume recorde de crédito liberado. Somente em 2015, o Consórcio Luiza, empresa do grupo Magazine Luiza, registrou o montante de R$129.852.490,00 em créditos liberados para aquisição de eletrodomésticos, imóveis, veículos e serviços. Um volume 17% maior do que o valor liberado em 2014.
O sistema de consórcio, segundo Edna Honorato, diretora do Consórcio Luiza, tem se tornado cada vez mais um respiro importante para a economia. “Um excelente exemplo é o segmento de imóveis, que cresceu 20% em 2015 em relação ao ano anterior, se levarmos em conta apenas os créditos liberados”, explica Edna.
A justificativa, segundo Edna, é simples. Enquanto o mercado tem aumento nos juros e restrições de crédito, o consórcio segue crescendo como uma nova opção de consumir, mais planejada e consciente. Em 2015 a principal instituição financeira para o financiamento de imóveis aumentou três vezes os juros para aquisição da casa própria.
Outro segmento, além do de imóveis, que fechou o ano de 2015 em alta foi o de serviços, com total de crédito liberado de R$2.013.836 ante os R$ 1.608.419 de 2014, configurando aumento de 25%. O setor de veículos também ajudou a aquecer o mercado em 2015, com R$96.259.790 em créditos liberados, contra R$ 81.788.724 do ano anterior, crescimento de 18%.
Diante de alguns indicadores negativos, como retração do PIB, alta da inflação e aumento do desemprego, as previsões de mercado para esse ano são na maioria pessimistas. Porém, a área de tecnologia para gestão de clientes vem na contramão desse momento turbulento do país, de acordo com Ariane Abreu, diretora comercial da Total IP. Na visão da executiva, a necessidade do mercado em atender um novo perfil de consumidor, em meio ao cenário de dificuldade, fará com que a demanda por soluções que otimizem o atendimento seja grande. “O setor vem com força em 2016 para auxiliar as empresas a produzir mais com o mesmo quadro de trabalho e, principalmente, ajudar a manter os atuais clientes e encantar novos”, comenta.
Para isso, a Total IP irá investir em tecnologia, atendendo a demanda crescente na busca de otimização do atendimento e relacionamento com os diferentes públicos. “A Total IP continuará a investir em novas soluções e ouvir nossos parceiros para juntos passarmos pelos desafios do mercado atual”, pontua.
Outra grande busca é por soluções de multicanalidade. Como em 2015, essa continua com toda força. A executiva conta que a crise trouxe oportunidades, pois os clientes tendem sair menos de casa para fazer suas compras e esperam ter várias opções de canais de atendimento. “Com isso, a Total IP vem ao encontro com essa realidade, com soluções de atendimento e acompanhamentos on-line.” Segundo Ariane, as empresas serão desafiadas a entender, conhecer e acompanhar a vida dos consumidores e, assim, disponibilizar os melhores meios de comunicação e relacionamento. “Isso inclui alçar mão das diversas tecnologias, seja via telefone, e-mail, chat, WhatsApp, entre outras soluções”, completa.
A diretora aponta ainda que, nesse atual momento, o mais importante é saber quem é o seu publico, o que ele espera da empresa e como ele será atendido. “Parece ser algo simples e de conhecimento de todos, mas em meio a uma crise e tantas notícias ruins, esquecemo-nos de voltar e olhar à base. Esse hoje é o maior valor da empresa.”
Em um ano de retração para o mercado de consórcios, o Consórcio Luiza conseguiu obter um bom desempenho em 2014, com um crescimento de 2,4% em cotas vendidas, diante de um cenário brasileiro negativo de 6,4%, em relação a 2013. Já seu volume de negócios subiu 3,6%, contra uma retração de 4,4% do mercado, também levando em consideração os dois últimos anos. Os números do mercado foram divulgados pela ABAC (Associação Brasileira de Administradores de Consórcios).
O destaque da empresa ficou para os segmentos de automóveis e imóveis. Em 2014, o Consórcio Luiza vendeu 8,9% a mais de novas cotas para a primeira modalidade e 4,6% a mais para a segunda, diante de uma retração de mercado de 3,5% e 7,8%, respectivamente. Já o volume de negócios no setor de serviços cresceu 30,4% em 2014, em relação ao ano anterior, enquanto o crescimento do mercado para esta modalidade foi de 19,3%. No segmento de automóveis, o aumento foi 11,1%, diante de uma retração de 3,6%.
Com relação aos clientes ativos, o Consórcio Luiza aumentou sua carteira de clientes no segmento de automóveis em 24,9%, contra 10,2% do mercado, sempre em comparação aos dois últimos anos. Já no setor de imóveis a diferença foi ainda maior: 18,2% contra 2,2%. “Com o aumento da renda das famílias da classe C, cresceu a busca pela compra da casa própria e de carros. O consumidor está mais consciente, faz as contas e analisa as melhores opções de investimento sem juros e, neste caso, o consórcio se torna a melhor opção”, comenta a diretora do Consórcio Luiza, Edna Honorato.
Expansão é o lema da 3Com. Depois da aquisição da H3C, na China, a empresa tem planos de investimentos para o Brasil. Em sua primeira visita ao País, Ron Sege, presidente mundial e COO da 3Com, revelou a estratégia de crescimento que rendeu à empresa o lucro líquido de US$ 1,9 milhão no terceiro trimestre fiscal de 2009, além de crescimento de 37% da subsidiária brasileira no mercado de grandes empresas (Enterprise), se comparado ao trimestre anterior. “Estamos na contramão da crise, temos como principal objetivo aumentar a nossa participação no mercado, com 100% de foco em grandes empresas”, conta.
Sege comenta que a atuação em mercados emergentes, como China e Brasil, foram decisivos para o lucro da empresa, além do bom desempenho da TippingPoint, divisão de segurança da 3Com. “Estamos entrando no mercado de grandes empresas agora, mas trazemos novos produtos, temos esse elemento a nosso favor”, diz. De acordo com ele, os três pilares da estratégia do futuro devem alinhar custos mais baixos, incluindo a redução do consumo de energia, relacionamento mais próximo com os clientes, mesmo no pós-venda, e novos produtos que agreguem ao mercado.
Hoje, a venda dos produtos e soluções da 3Com conta exclusivamente com cinco canais de distribuição. A possibilidade de chegar a dez faz parte dos planos da empresa. “Sempre analisamos com cautela o número de parceiros e a possível concorrência entre eles, para que haja sucesso nos processos”, afirma Adriano Gaudêncio, presidente da 3Com no Brasil. O executivo conta ainda que entre as verticais, o governo aparece como principal, representando cerca de 30% do faturamento da empresa, na sequência estão: hospitais, educação e transportes.
Será que ouvi bem? Contramão da crise?! Sim, é verdade, por mais incrível que possa parecer, existem exemplos de empresas e indústrias que estão mantendo o investimento planejado e gerando empregos. A crise global não é virtual, problemas existem, demissões também, mas muitas empresas estão na contramão da crise econômica lutando firmemente no anonimato, já que infelizmente ainda vigora a lei de que notícia boa não dá Ibope. Sobrevivendo à tentação de cortar custos, estão investindo para crescer e aumentar a produtividade. Investimento em processos, tecnologia, capacitação, e gente.
Todo o mundo fala em crise, alguns prevêem momentos semelhantes ao terrível ano de 1929. O medo tem bons fundamentos, mas me preocupa esse sentimento de desespero generalizado. Tive a oportunidade de compartilhar resultados de 2008 e projeções para 2009 com diversos participantes do segmento de contact center. Dentre provedores de serviço, fabricantes de tecnologia e integradores, todos, sem exceção, apontaram crescimento quantitativo e qualitativo em 2008 e não prevêm nada distinto neste ano. Existe a precaução, não o desespero. A prova disso está na notícia da contratação de mais 4.000 funcionários por uma das maiores empresas provedoras de Call Center do país. Não acredito estejam na contramão, tampouco que somente o segmento de Call Center floreça neste mar de terror.
É fato! A crise existe e é grave, aqui no Brasil, já afeta os setores que dependem de crédito e de financiamentos externos, como automóveis, construção civil, eletrodomésticos, máquinas e equipamentos. Tudo isso é verdade, assim como o recorde de vendas de automóveis em dezembro, após o alívio na cobrança do IPI. A produção de veículos registrou forte queda em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, mas disparou 92% se comparado a dezembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (09) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
De acordo com a entidade, no mês de janeiro foram produzidos 186,1 mil veículos, ante 255,2 mil em janeiro de 2008, o que representa queda de 27,1%. No entanto, em relação ao mês anterior, dezembro de 2008 (96,6 mil), a alta foi de 92,7%.
Da mesma forma não podemos ignorar que o brasileiro nasce e vive em crise. Para quem sobreviveu depois de ver todas suas economias virarem R$50 da noite para o dia, soa estranho o desespero. Filas de restaurantes voltaram antes do início das aulas. Indústria de cosméticos está em franco crescimento. A crise vai passar deixando feridos pelo caminho, mas vai passar.
Dizem que em tempos de crise uns choram enquanto outros vendem lenços. A meditação sobre essa frase é válida: que tenhamos menos desespero e mais razão, que tenhamos informação, mas não o apego ao caos e que saibamos tirar o ótimo de sermos brasileiros: que a nossa alegria, flexibilidade e criatividade prevaleçam.
Alessandro Damasio é gerente geral da Aspect no Brasil.
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